A greve da Polícia Civil, que completou oito dias nessa segunda-feira, foi suspensa ontem, após mais uma assembleia da categoria. Os policiais civis resolveram aceitar a ‘proposta’ do governo do Estado que sugeriu a suspensão do movimento até o dia 04 de setembro.
No entanto, o Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis do Maranhão) confirmou que a categoria irá permanecer em estado de pré-greve. Com a decisão de suspender o movimento grevista, o atendimento nas delegacias será normalizado a partir desta terça-feira.
Os policiais civis decidiram ontem em assembleia realizada no antigo plantão da Refesa, Beira Mar, suspender a paralisação e normalizar os serviços nas delegacias do estado. Dos representantes que compareceram à reunião, 144 votaram pela suspensão da greve, 104 escolheram continuar a paralisação e 42 decidiram pelo fim da greve.
O Sinpol reivindica melhores condições de trabalho, ampliação do efetivo de oficiais da corporação, entre outras. Com a greve, estavam sendo atendidos apenas os casos de prisão em flagrantes delitos decorrentes de crimes inafiançáveis, crimes hediondos contra crianças, idosos, Lei Maria da Penha e expedição de exame de requisição de exame de corpo de delito.
Na capital, durante os dias de paralisação, a categoria se reuniu em frente ao Plantão Central de polícia do Parque do Bom Menino, no Centro, onde estiveram com faixas e carro de som explicando a motivação do movimento grevista.
Apenas delegados e peritos não aderiram à greve. Com informações da Sinpol-MA, apenas 30% do efetivo estavam nas delegacias e regionais para atendimento de crimes contra a vida, relacionadas à Lei Maria da Penha e crimes contra idosos, conforme é previsto em lei. No estado, a categoria é formada por 2.116 membros entre policiais civis, escrivãs, motoristas, peritos, delegados e outros.