VELÓRIO

Familiares pedem justiça após morte de jovem por policial

Em cortejo, o corpo de Fagner Barros dos Santos foi levado e sepultado no fim da tarde desta sexta-feira, em cemitério no bairro do Parque Vitória, em São Luís

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Amigos e familiares do jovem Fagner Barros dos Santos, de 19 anos, morto por policial em reintegração de posse, na última quinta-feira dia 13 pedem justiça em velório que aconteceu na casa da mãe da vítima, na Vila Luizão, em São Luís.

A mãe de Fagner, Iolanda Santos Ferreira, estava muito comovida á beira do caixão, e em suas poucas palavras, com voz tremula e chorosa, dizia “Filho acorda, tá na hora de se arrumar para ir ao trabalho, levanta, mamãe te ama, tua filha tá acordada, vem ver ela”.
Já para o amigo da vítima, Welton Santos de Paiva, que estava ao lado de Fagner na hora do fato, diz que esse é um momento de indignação e revolta. “Graças a Deus não fui alvejado, mas o policial atirou contra a minha perna, e errou, eu só levantei minhas mãos e pedi para ele não me matar. Hoje não poderia está aqui falando, mas com vida, digo que estou revoltado com tudo isso, achei uma covardia essa atitude dos policiais, queremos que a justiça seja feita”, desabafou Welton.
Fagner Barros deixou à namorada e uma filha de apenas dois meses. Antes de ir à manifestação, familiares e até amigos estavam contra a atitude de Fagner, mesmo ele não tendo uma casa para morar com a família construída em pouco tempo, insistiu em ir, tentar conseguir uma terra para construir uma moradia.
Comovida, a namorada Mayara Pires, guarda o sentimento de profunda indignação. Ela culpa a polícia por destruir uma família. “Ele dizia que nunca iria nos deixar, do nada vem um policial irresponsável e destrói a nossa família, destrói a minha vida, destrói todos os meus sonhos.”, disse a namorada.
Em cortejo, o corpo de Fagner Barros dos Santos foi levado e sepultado no fim da tarde desta sexta-feira , em cemitério no bairro do Parque Vitória, em São Luís.
Direitos Humanos
No fim da tarde desta sexta o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MA, Antônio Pedrosa, foi ao local da reintegração de posse, conversar com os ocupantes da terra.
Recebido por manifestantes, o presidente disse que a morte do jovem Fagner Barros, já começou a ser investigada pela Polícia Civil, através da Delegacia de Homicídios.
“Vamos ter três etapas nesse processo, a primeira, tem que ser a investigação da morte do jovem, a segunda, formar uma comissão de líderes para dialogarmos com a justiça e autoridades para resolvermos a causa, e a terceira, é que a Defensoria Pública do Maranhão irá apoiar essa causa”, disse Antônio Pedrosa.
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