A expansão da exploração do gás natural do Maranhão e as possibilidades de ampliação de produção nos próximos anos despertaram interesse nos investidores nacionais que estiveram presentes no seminário – Gás Natural, a Nova Fronteira Energética do Maranhão, realizado nesta quinta-feira pela Companhia Maranhense de Gás (Gasmar). Durante a abertura do evento, o governador Flavio Dino apresentou para a presidente da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Magda Chambriard, e para investidores do setor, as potencialidades do Maranhão na produção de energia e gás natural que tornam o Estado mais competitivo para participar da 13ª Rodada de Licitações que será promovida no dia 7 de outubro pela ANP.
A Bacia do Parnaíba possui uma área de aproximadamente 668,8 mil km², onde estão localizados 22 blocos que representam 72% da área terrestre a ser licitada pela ANP na 13ª rodada de licitações. Atualmente, ela é a quinta maior produtora de gás natural do Brasil, contribuindo com uma produção diária de aproximadamente de 4,7 milhões de m³/dia, o que representa cerca de 5% da produção nacional. Nesta etapa da licitação para exploração, 39 empresas estarão concorrendo para se instalar em território maranhense.
O governador Flávio Dino destacou que o seminário teve papel fundamental para a apresentação das potencialidades maranhenses como ambiente atrativo para desenvolvimento e industrialização. “O seminário alcançou êxito porque estão presentes os atuais investidores e a maioria dos inscritos no leilão. estou otimista que a Bacia do Parnaíba vai ser identificada como uma grande avenida de oportunidades para esses empreendedores para que a gente possa dinamizar o segmento de energia e, por conseguinte, a economia maranhense”, ressaltou.
Para a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, o potencial da produção de gás da Bacia do Parnaíba e as operações que já são desenvolvidas em solo maranhense transformam o Estado em um pujante gerador de energia. “O Maranhão tem muito espaço para exploração, para investimento, para desenvolvimento, e para redução de desigualdade social, regional e principalmente para produção de um gás que tem tudo para ser um projeto estruturante de desenvolvimento para o Estado e o Brasil”, enfatizou a diretora.
De acordo com dados da ANP, a Bacia do Parnaíba possui 13 blocos ativos e foram perfurados 72 poços desde 2010, tendo sido detectada a presença de gás natural em 57 deles, perfazendo um índice de sucesso de 79%, bastante acima da média do setor. Atualmente existem 25 empresas detentoras de concessões em áreas situadas no Maranhão, sendo que dez delas atuam na Bacia do Parnaíba.
A diretora-presidente da Gasmar, Telma Costa Thomé, realçou as potencialidades maranhenses, que tem contribuído com a produção de cerca de 5 milhões m³/dia, volume que alçou o Maranhão ao posto de 6º maior produtor de gás natural do país e a Parnaíba Gás Natural a segunda maior produtora do Brasil, atrás apenas da Petrobras. “A Gasmar, apesar do relativo curto período de existência já situa-se no grupo das maiores distribuidoras do país em termos de volume movimentado. São números expressivos que representam apenas o começo, se levarmos em conta o elevado potencial dessa Bacia”, disse.
Comercialidade
Para o desenvolvimento desse cenário positivo, destacado pela presidente da ANP, foi fundamental a declaração de comercialidade da Bacia Terrestre do Parnaíba, autorizada pelo governador Flávio Dino ainda no mês de março.
Durante o seminário, o governador aproveitou para anunciar outra novidade para o Maranhão: foi declarada, na última quarta-feira (25), no Rio de Janeiro, a comercialidade da descoberta de gás de Fazenda Santa Vitória. Batizado de Gavião Vermelho, o campo tem volume estimado de gás in place de 2,65 bilhões m³/dia, com início da produção para o início do ano que vem. Com mais este campo na Bacia do Parnaíba, o quarto na região, o volume estimado de gás in place chega a 9,7 bilhões de m³/dia.
Investimento escola digna
Durante o Seminário, a empresa Parnaíba Gás Natural e o deputado estadual Marco Aurélio assinaram o termo de adesão ao Programa Escola Digna, que visa melhorar a qualidade da educação pública no Estado, com a substituição das escolas de taipa por escolas de alvenaria. Com a adesão, ambos se comprometem em investir na construção destas escolas.