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Escolas são colocadas à prova em divulgação de relatório do Inep

Os dados são do Inep, com base nas notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2014

O Maranhão não possui escolas da rede pública estadual entre as 10 de melhor desempenho no ranking nacional. Na lista figuram nove escolas particulares e uma da rede federal. No que refere às unidades de ensino com as piores notas, as estaduais estão no topo. Uma delas, o Centro de Ensino Cristino Pimenta, da zona rural do município de Bacuri, é a terceira pior do país, perdendo apenas para duas outras estaduais – uma do Espirito Santo e outra do Acre. Os dados são divulgados na última quarta, de relatório do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) com base nas notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2014.
Para avaliar as escolas o Inep considerou os indicadores de permanência, nível socioeconômico, provas objetivas e por área (linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e redação). Foram alcançadas notas que vão de 886,56 pontos a mais alta, até 186,67, a de pontuação mais baixa. A melhora escola do estado, entre as dez, foi a particular Centro Educacional Montessoriano Reino Infantil, com pontuação média de 644,33 ficando em 213º lugar no ranking geral nacional. Já o Centro de Ensino Cristino Pimenta, terceira pior do país, alcançou apenas 197,86 pontos, sendo a de número 15.641. A pesquisa avaliou 15.643 unidades de ensino particulares e públicas, em todos os estados do país.
As escolas maranhenses com as maiores médias, segundo a pesquisa, foram o Centro Educacional Reino Infantil (644,33), Colégio Educallis (629,14), Jardim Escola Crescimento (628,44), Colégio Literato (607,86) e Upaon Educacional (605,01), todas na capital. Ainda na lista das de melhores pontuações estão o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA) de Imperatriz, com 602,58; o Complexo Educacional Dom Bosco de Balsas, com 590,76; e o Instituto Educacional Sul Maranhense COC, Imperatriz, com 584,84. No ranking nacional, a escola de maior nota é paulista, com 742,96 pontos.
Entre as piores estão no topo os Centros de Ensino Edison Lobão (430,47), Parsondas de Carvalho (429,15), Cristino Pimenta (425,65), José Maria de Araújo (425,50) e Professora Leda Tajra (423,16), todas do interior do estado. “É notório que as escolas particulares estão muito melhor estruturadas e com profissionais e materiais adequados a um ensino eficaz. Na outra ponta, mantem-se o cenário desolador do ensino público que é de muita deficiência, tanto de quem educa como dos que aprendem”, ressalta a pedagoga Liliam Teresa Martins Freitas. Segundo a educadora a melhora do ensino público passa pelo investimento firme neste setor e na qualificação dos professores.
Investimento no setor
“Hoje, a classe educadora luta para que não sejam feitos mais cortes no setor. Os nossos gestores ainda não assimilaram a ideia de que, país rico, na verdade, seria um país fortalecido na educação e como consequência cidadãos em condições de construir um futuro realmente promissor. Isso passa, prioritária e definitivamente pela educação. De outra forma, acredito ser muito utópico falarmos em crescimento do país, em todos os seus setores de importância”, avalia a pedagoga Liliam Freitas. Para alterar este quadro, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) aponta medidas como a construção de 30 Núcleos da Educação Integral para o Ensino Médio, investimento na formação de professores, elaboração de material educativo com base nos temas do Enem, investimento na infraestrutura das escolas e reformulação do atual currículo escolar – para torná-lo mais atual e considerando as realidades locais. Esse planejamento, segundo a instituição, soma-se ao trabalho para elevar os indicadores educacionais.
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