PATRIMÔNIO

É sina – Invasores à vista

(“… quae sera tamen” – do povo das MG) Foi sempre assim: Franceses, Portugueses, Holandeses, Africanos, Sírios, Libaneses e outros Levantinos – pelas águas do Atlântico e dos Rios e por terra – desde os primeiros tempos, vêm se sucedendo as invasões à Ilha Grande, à Upaon-Açu dos Silvícolas. Parece fado! Muitos foram expulsos a […]

(“… quae sera tamen” – do povo das MG)
Foi sempre assim: Franceses, Portugueses, Holandeses, Africanos, Sírios, Libaneses e outros Levantinos – pelas águas do Atlântico e dos Rios e por terra – desde os primeiros tempos, vêm se sucedendo as invasões à Ilha Grande, à Upaon-Açu dos Silvícolas. Parece fado!
Muitos foram expulsos a golpes de facão, na força do braço, a muque; outros ao impacto das descargas do chumbo grosso das “lazarinas” ante cargas; os mais aguerridos à bala de rudes canhões, municiados com areia, que a Senhora da Vitória ia tornando pólvora; outros, em nada beligerantes, pelos revezes da sorte. Os que foram ficando, depressa foram assimilados.
Mas todos os que, de um jeito ou de outro, deixaram São Luís, constrangidos embora, deixaram alguma coisa, delas muito valiosas e, quando nada deixaram, deixaram, no ventre fértil das mulheres, genes fecundados! No entanto foi deixada muita riqueza, quer de ordem espiritual e cultural, quer de ordem material e econômica. Herança inolvidável!
A sedimentação de tais bens e valores deu feição de grandeza impressionante, que, esta Ilha Abençoada e Posuda, carrega com orgulho através dos tempos e, ainda, não escapou à perspicácia dos Doutos da UNESCO, uma vez que os Doutos daqui já a cantavam e a decantavam em prosas e versos, enfaticamente, há séculos! E os Doutos da UNESCO, num lance de fria sabedoria e justiça, elevaram o nosso acervo físico/cultural ao ápice de PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDADE. Ô expressão pesada, a ponderar responsabilidade e vaidade também!
Esta abençoada prerrogativa, como as benditas belezas exuberantes da Ilha, que desde os albores dos tempos atraíram tantas levas de invasores, há de, por certo, atrair novos aventureiros, que desembarcarão não mais apenas pelas águas do mar e dos rios, mas também pelo avião, pelas estradas asfaltadas, pelo trem de ferro e com outros propósitos.
É sina. Contraditá-la como? Por que?
Resta-nos, tão somente a nós, relaxar e gozar das benesses do Turismo rico de bens culturais e materiais (pecuniários).
Relaxar coisa nenhuma… aqui é diferente… agora temos mais é que nos rebolar, com todos os mimos e aconchegos para agradar os invasores. Não há porque rejeitá-los. Temos é que realizá-los, para sermos difundidos e bem pagos! Ah! Isso temos… Ai, meu Deus…
Desta vez é diferente. Temos mais é que pedir para sermos invadidos de todos os jeitos e posições, isso faz felizes e saciados os invasores e disso falarão lá fora; o que é o melhor reclame da excelência do nosso TURISMO!
Deus seja louvado! São Luís, setembro de 2013.
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