Saguão do Aeroporto Marechal Cunha Machado vazio, agências de turismo sem clientela e consumidores em busca de promoções. Este é cenário atual para aqueles que desejam realizar uma viagem aérea, seja para passear ou visitar a família. A crise no país atingiu também o setor de passagens aéreas. De acordo com os dados da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), em 2015 não houve aumento nos voos domésticos, ao contrário, teve uma queda de 15,15% no primeiro semestre. Enquanto no primeiro semestre de 2014 aconteceram 12.798 voos, entre embarque e desembarques, em 2015 foram apenas 10.858.

As agências de viagens dependem das companhias aéreas para atrair os clientes, pois, sem as promoções, as vendas caem. De acordo com a agente de viagem Paula Silva, a falta de ofertas no setor é o resultado da crise econômica instalada no país. Segundo ela, é uma das principais causas para a baixa nas vendas.

A agente de viagem afirmou que as vendas de passagens atualmente, em relação ao ano passado, sofreram queda de 50%. No mês de julho, que geralmente tem muita procura e as vendas aumentam, neste ano foi diferente. Houve algumas saídas em julho, entretanto, foram compradas em junho. Os primeiros dias de agosto também têm sido de baixa movimentação. “Acredito que a falta de promoções das companhias aéreas tem sido um dos principais motivos da queda nas vendas. Este ano apenas duas promoções foram oferecidas pelas companhias, diferente do ano passado, que havia promoções praticamente todos os meses”, disse.

Mesmo com a crise econômica, ela destaca que alguns destinos como São Paulo, Fortaleza e Teresina têm sido ainda roteiros procurados pelos maranhenses atualmente.

As poucas pessoas que ainda estão viajando durante o ano de 2015 passam dias e noites na internet pesquisando e avaliando os preços para ver se cabem no orçamento. É o caso da fotógrafa Natália Moura, que costuma viajar quatro vezes durante o ano.

Natália contou que, para conseguir viajar em 2015, teve que economizar bastante e pesquisar os preços com antecedência. Falou ainda que tem como meta gastar apenas R$ 300 em cada passagem para não extrapolar o orçamento, mas este ano está sendo difícil cumprir essa meta.

“Ano passado consegui viajar mais vezes, pois houve muitas promoções durante todo o ano. Já este ano é a segunda vez e talvez a última, porque os preços estão altos e as promoções escassas demais”, explicou.

Quatro companhias aéreas atuam em São Luís com os seguintes destinos:

SETE: Belém e Teresina

AZUL: Confins, Teresina, Recife, Campinas, Belém, Carajás, Fortaleza e Salvador;

TAM: Brasília, Fortaleza, Guarulhos, Imperatriz e Galeão;

GOL: Fortaleza, Recife, Belém, Santarém, Manaus, Brasília, Natal, Salvador, Guarulhos, Imperatriz, Confins, Congonhas e Galeão.