A Prefeitura de São Luís continua investindo em alternativas para facilitar o atendimento de saúde na capital. Uma delas, que tem apresentado resultados positivos e um alto índice de satisfação do público assistido, é o programa Melhor em Casa, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde (Semus). O programa estende o atendimento a pacientes dos Socorrões I e II pela via domiciliar.
A secretária municipal de Saúde, Helena Duailibe, ressalta que os benefícios do Melhor em Casa têm alcance amplo. “Temos uma realidade de hospitais com grande procura e, com a assistência domiciliar, estamos conseguindo diminuir o tempo de internação e disponibilizar leitos para outros pacientes. É uma dinâmica que favorece toda a população e alivia a rede de saúde”, afirma. O atendimento humanizado é um direcionamento do prefeito Edivaldo para a área de saúde.
Na tarde dessa segunda-feira, ums equipe do programa visitou a aposentada Ana Gomes, de 95 anos, que desde abril, quando sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral), teve o quadro de saúde agravado ficando sem falar e andar. Depois de passar um período internada no Socorrão, ela foi para casa e agora conta com atendimento domiciliar. “É uma tranquilidade muito grande receber a equipe de saúde em casa. Aqui em casa é melhor para ela e para mim, que sou a cuidadora”, disse a filha da paciente, Silvana Gomes Silva.
“Além de receber médico, enfermeira, nutricionista, terapeuta e fisioterapeuta, que compõem a equipe multidisciplinar da Semus, minha mãe também recebe materiais como seringas, gaze, soro fisiológico, luva de procedimentos e fraldas descartáveis, entre outros itens utilizados no cuidado com o paciente, o que representa um economia para a família”, completou Silvana Gomes.
O médico Vinicius Lima, que coordenou a visita, disse que o programa é muito importante, pois promove uma assistência mais humana. “É importante também porque faz com que o paciente tenha mais estabilidade clínica. O paciente não tem tanta intercorrência, porque ele está em um ambiente com menos risco de infecção do que o ambiente hospitalar”, observou o médico.
Favorecendo a recuperação
O objetivo do programa é otimizar o acompanhamento do paciente, favorecendo a recuperação total no menor tempo possível. O Melhor em Casa atende prioritariamente pessoas com necessidade de reabilitação motora, idosos, pacientes crônicos sem agravamento ou em situação pós-cirúrgica.
No momento, 32 usuários – sendo 16 oriundos do Socorrão I e outros 16 do Socorrão II – são acompanhados em suas residências, onde recebem a assistência necessária de equipes multidisciplinares, formadas por médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e fisioterapeuta, até a cura. Para que um paciente seja enquadrado no Melhor em Casa é exigido que atenda a pelo menos 13 critérios clínicos, que incluem estabilização do quadro de saúde e condições para a recuperação, entre outros.
No processo de avaliação para inclusão no programa, profissionais da Semus visitam a residência do paciente, enquanto ele ainda está internado, para atestar se há condições para recebimento da assistência domiciliar. Uma condição fundamental é que ele tenha um “cuidador”, um técnico de enfermagem a ser indicado pelo próprio paciente ou pelo Município.
Outros aspectos importantes do Programa são a humanização do atendimento prestado no domicílio e o envolvimento da família, que recebe da equipe orientações quanto aos cuidados com o paciente, manuseio dos materiais e a administração dos medicamentos, que também são disponibilizados pela Prefeitura.
Essa assistência integral é elogiada por usuários, como a dona-de-casa Célia Lúcia dos Santos, moradora da Vila Riod e cuja mãe, Maria Magnólia dos Santos, de 81 anos, foi incluída no programa. “Ela teve um AVC, e, graças à equipe que está sempre em minha residência, já pode andar e falar melhor”, disse.
Outra pessoa que é assistida atualmente pelo Melhor em Casa é Silvana Gomes Silva, moradora da Cohab. “A minha mãe também tem vários problemas de saúde, no entanto, está se recuperando por meio da visita dos médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fonoaudiólogos e assistentes sociais do programa”, disse a filha da paciente, Ana Gomes.