O número de empresas constituídas no Maranhão, no primeiro semestre de 2015, registrou a melhor marca do período dos últimos cinco anos. De acordo com o relatório estatístico da Junta Comercial do Maranhão (Jucema), de janeiro a junho, a alta no volume de constituições de empresas no estado alcançou 7,02% em relação ao mesmo período de 2014.
No total, foram abertos 13.993 novos estabelecimentos nos primeiros seis meses desse ano, ou seja, 918 empresas a mais que o mesmo período do ano passado, quando houve 13.075 constituições. Do total de registro, os pequenos negócios representam 96% dos novos estabelecimentos.
Comparando somente o mês de junho, percebe-se que houve um acréscimo significativo no número de empresas constituídas no estado. A alta chegou a 16,17% comparado ao mesmo mês de 2014, com um incremento de 2.335 novos negócios. Já no mês de março, os dados são ainda mais expressivos, sendo o mês recorde de abertura de empresas do primeiro semestre de 2015 com 48,39% a mais em relação a março do ano passado.
O setor de serviço continua sendo o mais procurado por quem quer empreender, no primeiro semestre, foram criadas 8.590 empresas nesse segmento, o equivalente a 61,4% do total.
Ao analisar os percentuais apontados pelo balanço da Junta Comercial, o presidente da Jucema, Sérgio Sombra, reforça que os números evidenciam a política implantada pelo governo Flávio Dino, de incentivo aos pequenos negócios. “Apesar da conjuntura econômica do país, existe um grande número de pessoas que querem ter seu próprio negocio. Os MEIs (Micro Empreendedores Individuais) puxaram a alta do número de novas empresas, um exemplo disso é que no Maranhão já são mais de 70 mil e no Brasil passam de cinco milhões”, analisou Sérgio Sombra.
Segundo ele, entre os fatores favoráveis que impactaram de modo positivo no surgimento de novos negócios estão um melhor ambiente de negócios no estado, aliado a menor burocracia na hora de abrir uma empresa. “Programas do governo Flávio Dino como o ‘Mais Empresas’, ‘Empresa Fácil’, a Nova tabela Simples e a Medida Provisória – instituindo o programa ‘Regularize-se’, que autoriza o parcelamento em até 120 meses de débitos de ICMS e concede anistia de multa e juros para pagamento em quota única dos débitos do imposto, são fundamentais para esse crescimento”, acrescentou.
Ainda de acordo com Sérgio Sombra a tendência é que os números aumentem ainda mais com o Sistema Empresa Fácil, já em implantação na Jucema por meio da ferramenta RedeSim. A partir dela, todos os órgãos envolvidos para a abertura de uma empresa passam a atuar de forma integrada, agilizando o processo burocrático em geral. Após implantação e integração plena, o sistema permitirá o funcionamento imediato das empresas que atuam em áreas não consideradas de alto risco.
“A essência do projeto é a diminuição de dias para a abertura da empresa e início de sua atuação, com a agilização de licenças e alvará. Com isso, vamos desburocratizar os registros de empresas, incentivar a formalidade dos negócios, contribuindo para o desenvolvimento do estado”, reforçou o presidente.