SÃO LUÍS

Mais de 140 veículos são roubados por mês na região metropolitana

Nos seis primeiros meses do ano, foram roubados 880 veículos. Apesar do montante, 17% a menos, em relação ao mesmo período de 2014

As vendas de automóveis e comerciais leves caíram 6,36% em abril

No primeiro semestre de 2014, foram roubados 1.060 veículos da grande São Luís, que corresponde aos municípios de São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa. Em 2015, comparado ao mesmo período, foram roubados 880 veículos. Uma média de 146 veículos por mês e quase cinco por dia. O que corresponde uma redução de 17%, em relação ao mesmo período do ano passado. Porém, deste número de roubos ou furtos mais de 70%, é realizado por quadrilhas que vão cometer outros crimes e mais de 70% destes veículos são motocicletas. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP).

De acordo com a SSP, a maioria de roubos de veículos ocorre por quadrilhas que cometem outros tipos de crimes como assalto, homicídio e latrocínio. Em entrevista a equipe de reportagem de O Imparcial, o delegado da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos, Marcos Affonso informou que esse tipo de grupo criminoso usa os veículos para cometerem essas ações, e que há outro tipo de quadrilha, mais especializada, que atua na área de desmanche, que corresponde roubar ou furtar um automóvel e desmontar as peças para a venda, sendo que aquelas que representam algum tipo de numeração, na qual podem ser identificadas são descartadas.
Desmanche
Foto: Gilson Teixeira / O Imparcial .


Gilson Teixeira / O Imparcial

O trabalho da polícia vem provocando quedas nos índices de roubo de veículos

Em São Luís neste primeiro semestre, já foram desativados cinco pontos de desmanches, que geralmente são instalados em locais mais distantes como sítios, e até mesmo em clubes de reggae. A movimentação desta atividade ocorre mais no período da noite, uma forma de não identificar esta prática. Outro tipo de crime que é realizado por quadrilhas especializadas são as clonagens de veículos, em que eles falsificam a documentação de um automóvel que está regularizado, colocando as mesmas informações em um veículo roubado.

Foto: Gilson Teixeira / O Imparcial .


Gilson Teixeira / O Imparcial

Marcos Affonso disse que as quadrilhas usam os veículos em assaltos

De acordo com o delegado Marcos Affonso, diminuindo o número de roubos de veículos, é reduzido também o número de outros crimes. “Essas quadrilhas roubam veículos para assaltar uma residência, pessoas, cometer homicídios, enfim outros crimes. Criminoso não vai comprar um carro para cometer algum tipo de deleito, então se você reduz o número de roubos de veículos, você reduz também o número de assaltos e outros crimes, é isso que estamos fazendo. Quando uma quadrilha de roubos de carros ou motos é aprendida, você observa a redução de assaltos em determinada área”.

Segundo Affonso, não existem horários específicos para atuação dessas quadrilhas, porém nesses primeiros seis meses, pôde se observar maior incidência de roubos e furtos nos horários de 12h às 15h e às 17h até às 21h.
Segurança
Algumas medidas podem evitar que condutor seja surpreendido por ações de bandidos. De acordo com o delegado, Marcos Affonso, é mais seguro deixar o automóvel ou motocicleta em locais iluminados, no período noturno, pois geralmente os criminosos não querem ser identificados. Ter cuidado a atender as pessoas na porta de casa, orientar que pessoas próximas de você, não passe informações da sua vida para estranho em ligações, que dizem ser uma pesquisa, por exemplo. Não parar em semáforos durante a madrugada, se for sair para uma festa ir à companhia de outra pessoa, sempre observar se tem alguém lhe seguindo, mudar um pouco percurso do caminho de casa para o trabalho, por exemplo, optar por ir por vias mais movimentadas.
O delegado, também, informou que as pessoas devem tomar cuidados na hora de comprar um veículo de terceiros, desconfiar se caso for muito barato, fora do preço de mercado. E foi enfático que receptar produtos roubados ou furtados é crime e pode ser uma reclusão simples ou qualificada, correspondendo quatro ou oito de prisão.
“Tem que observar veículo muito barato, desconfie. Receptador que compra carro roubado ou peça é o maior motivador do ladrão. Tem penalidades também. Tem que pensar nisso, porque você está cometendo um crime e será preso, aqui as pessoas são presas. Em relação a fiança, é proporcional aquele produto que está na mão dela. Além de que está incentivando um roubo, um homicídio e outros tipos de crimes”.
Os tipos de clonagem
Nas montadoras, os carros recebem uma série numérica que é gravada no chassi, motor, vidros e carroceria. Esses números são registrados com uma máquina especial, instalada na linha de montagem. No caso dos vidros, por exemplo, os números já saem serigrafados da fornecedora. Embora haja um rigoroso controle dentro das fábricas, os criminosos conseguem acesso a todos os números do veículo, inclusive ao Registro Nacional de Veículos Automotores (código Renavam). As quadrilhas anotam o número da placa de um veículo na rua, a cor e o modelo, em seguida, puxam todos as informações sobre o veículo e fazem a clonagem. Os peritos conseguem identificar a diferença porque a cópia nunca é perfeita, já que a máquina e o processo utilizado não são os mesmos das fabricantes.
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