Palestras, mostras de vídeos produzidos por estudantes da rede estadual de ensino e mesas redondas sobre os impactos das ações do Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio (PNEM) nas escolas públicas estaduais do Maranhão marcaram o segundo dia de atividades do III Seminário Estadual, nessa quarta-feira, dia 01. O evento será realizado até esta quinta-feira, dia 02, no auditório do Centro Pedagógico Paulo Freire, no Campus do Bacanga, da Universidade Federal do Maranhão (Ufma).
Um dos temas abordados nas mesas redondas foi ‘O Processo Formativo na Escola Mediado Pelo Orientador de Estudos’, onde Formadores e Orientadores de Estudo das 19 Unidades Regionais de Educação (UREs) apresentaram relatos de experiências inovadoras vivenciadas nas escolas a partir do PNEM.
A Professora Izabel Cristina Marquinhos Serra, Supervisora escolar do C.E Fernando Perdigão, em São Luís, falou das experiências vivenciadas na escola com o “Projeto Educação Para a Paz”, que surgiu a partir de desafios propostos pelo Pacto e com base na realidade vivida por vários estudantes da unidade, em suas comunidades e que muitas vezes acabam naturalizando a questão da violência. Durante o projeto, professores das mais diversas disciplinas trabalharam em sala de aula o tema violência, nas suas mais diversas dimensões, e assim conseguiram envolver os estudantes e incentivá-los a refletir e tomar posicionamento diante do tema.
“Havia entre muitos dos nossos estudantes a ideia da naturalização da violência. Com esse projeto, nós procuramos trabalhar a ilegalidade da violência, a partir de leis e as instituições de proteção à vida e aos indivíduos. Envolvemos os nossos estudantes no debate e assim conseguimos desnaturalizar essa violência”, destacou a professora.
Já o Professor Raimundo Nonato Ferreira Júnior do C.E Prefeito Neto Carvalho, da cidade de Magalhães de Almeida, compartilhou com os colegas de todo o Maranhão a experiência resultante de uma “Mostra Cultural”, realizada na escola, sobre os países que falam a língua inglesa. A mostra surgiu da dificuldade que os estudantes apresentavam em relação à disciplina Inglês e para assimilar o conteúdo. Todas as disciplinas foram englobadas no projeto de forma integrada e coordenada, como defende o Pacto.E assim, orientados por professores, os estudantes realizaram uma ampla pesquisa sobre a cultura, a culinária, a história desses países.
Para o professor o resultado foi surpreendente. “Os alunos aprenderam muito sobre a diversidade, viram na prática, fizeram comidas típicas, dançaram. Os alunos se sentiram sujeito do processo. Eles estavam fazendo, e não assistindo. Isso foi enriquecedor. Como dizem os educadores modernos: eles se sentiram empoderados”, destacou o professor.
Para o professor Ronilson José Santos, Coordenador Pedagógico do CE Rui Barbosa, da cidade de Viturino Freire, URE Bacabal, o Pacto impactou o Ensino Médio, deu uma reviravolta em todas as escolas de modo geral. “O trabalho do professor e a prática pedagógica se modificaram bastante a partir do PNEM. O Programa deu um norte aos coordenadores pedagógicos sobre trabalhar de fato dentro das escolas, como envolver os professores e as diferentes áreas e fazer esse processo de fato funcionar”, afirmou.
