EDITORIAL

Alívio para a asfixia de São Luís

Não é segredo para ninguém que a cidade São Luís padece hoje de um trânsito caótico. Ao longo dos 400 anos de história, o crescimento urbano da capital não seguiu regras urbanísticas, nem um mínimo de planejamento que levasse em conta atividades econômicas, áreas residenciais, situação ambiental de cada região e os espaços institucionais voltados […]

Não é segredo para ninguém que a cidade São Luís padece hoje de um trânsito caótico. Ao longo dos 400 anos de história, o crescimento urbano da capital não seguiu regras urbanísticas, nem um mínimo de planejamento que levasse em conta atividades econômicas, áreas residenciais, situação ambiental de cada região e os espaços institucionais voltados para a população. Como demorou quatro séculos sem nenhuma providência a altura da história e da cultura de São Luís, atualmente, nem as ações previstas na lei da metropolização dos municípios da Ilha é aplicada.
São situações que foram se consolidando ao longo de décadas, o que acarretou no inchaço da cidade, cuja expansão se deu na base de invasões clandestinas em áreas públicas que até nem a prefeitura, nem o estado nem a União conseguiram definir a propriedade. Sobrou, para uma metrópole do século 21, com estrutura urbana do século 19, onde se chocam a poluição, a desordem na ocupação do solo urbano com a falta de vias decentes de escoamento do trânsito. Tais situações são agravadas com as desavenças políticas que interferiram diretamente na vida da população.
Além da pesada contaminação de todos os rios da Ilha Upaon-Açu, por serem de curta extensão e pequena vazão, a cidade teve que ir buscar água no Rio Itapecuru para abastecer a população, que ultrapassou um milhão de habitantes. Esse é apenas um dos problemas porque passa o ludovicense. O mais grave, porém, é o da mobilidade urbana, longamente renegado ao descaso pelo governo do estado e a prefeitura. Como as duas instâncias de poder há meio século seguem em sentidos políticos opostos, as avenidas abertas no período foram insuficientes para a demanda do volume de carros e motos que as abarrotam dia e noite.
Hoje, porém, há uma mudança em curso já perceptível pela população. O prefeito Edivaldo Júnior é aliado político do governador Flávio Dino, responsável pela sua indicação como candidato em 2012. Agora, como governador, decidiu investir na melhoria do sistema viário de São Luís. No primeiro momento liberou R$ 20 milhões para o programa “Mas Asfalto” e esta semana anunciou outros R$ 32 milhões para um projeto de ligações interbairros, com o objetivo de desafogar o trânsito das principais avenidas e facilitar a vida do motorista.
No total são R$ 52 milhões para São Luís e região metropolitana, com aplicação prevista para até o final de 2015. O projeto prevê 14 ligações entre bairros, construção de pontes, retificação de trechos, algumas indenizações imobiliárias, asfaltamento, requalificação de vias e iluminação pública, fatos que impactarão também na segurança dos moradores e usuários. No total são 21,4km de novos acessos e atalhos que darão maior dinâmica ao fluxo de veículos, encurtarão caminhos, facilitando os deslocamentos, tudo realizado pela administração do prefeito Edivaldo Júnior.
Trata-se de um projeto pioneiro nesses termos e na abrangência. É de fundamental importância para a capital maranhense, cujos moradores nos últimos anos passaram a conviver com congestionamentos de trânsito em todos os sentidos, causando-lhes perdas de vidas e incalculáveis prejuízos decorrentes de acidentes de trânsito. As intercessões são necessárias e só elas poderão aliviar a asfixia permanente que vive o ludovicense ao se locomover para qualquer ponto da cidade.
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