Os gatos se tornaram seres tão sagrados no antigo Egito, que se uma pessoa matasse um gato era, automaticamente, condenada à pena de morte em público.Os felinos eram considerados criaturas divinas, de tal maneira que quando um deles morria por causas naturais, os donos da casa onde o animal morava raspavam as sobrancelhas em sinal de luto.
Um dos maiores fatores que possivelmente contribuiu para que os egípcios venerassem os gatos foi que os animais ajudavam na eliminação de uma das maiores pragas da época: os ratos que infestavam a região e se multiplicavam de maneira assustadora, destruindo as colheitas de grãos e cereais, além de espalharem doenças. Quando a população observou que os gatos estavam conseguindo controlar e reduzir significativamente o número de roedores, os egípcios começaram a tratar os animais como membros da família. O processo que resultou na adoração dos bichanos também contou com participação direta das autoridades, pois antes de o animal ser tido como um ser sagrado, muitos deles eram mortos para serem utilizados como prato principal nas margens do rio Nilo.
Os bichos representavam cada um de seus deuses através de imagens com aspectos humanos e cabeça de animal. Todos os deuses eram relacionados aos animais escolhidos como personificação exata das próprias divindades. Assim como os seres humanos, os animais também eram mumificados para assim poderem ser preservados fisicamente no além, de acordo com a dos egípcios.
A deusa Bastet representava muito bem o vislumbre do Egito Antigo com o gato. Uma mulher com a cabeça de gato simbolizava a deusa e representava os poderes providos do Sol. Seu templo se chamava Bubastis – que significava Casa de Bastet – e foi instituída como divindade desde o Império Antigo (c. 2575 a 2134 a.C.). Suas efígies eram bastante numerosas, existindo, hoje, muitos exemplares delas espalhadas pelo mundo. Essa divindade também estava associada à Lua e protegia os partos e as mulheres grávidas de doenças e dos maus espíritos. As mulheres também adotavam os gatos como símbolos da beleza plena e pintavam os olhos para simular o contorno perfeito do olhar felino.
Todavia o maior problema derivado ao fascínio pelos gatos da sociedade egípcia surgiu através de uma derrota histórica. Um comandante persa conhecido como Cambises II descobriu, por volta de 600 antes de Cristo, que seus inimigos cultuavam os gatos e não eram capazes de ataca-los. Sendo assim, ordenou que todo o seu exército juntasse vários felinos e os colocassem na frente das tropas como escudo. Os egípcios sequer ofereceram resistência e se entregaram pelo fato de serem incapazes de atacar os seus animais sagrados.
Outro fato curioso é que o nome dado aos gatos pelos egípcios era myw, que correspondia ao som que o animal emite, ou seja, o famoso miau, uma onomatopeia que foi introduzida também em outros idiomas, inclusive o nosso português. Vale ressaltar que o povo do antigo Egito era sensível aos efeitos e reações da natureza a sua volta e sempre associavam tudo que estava contido nessa natureza em suas crenças e percebendo a elegância, porte e comportamento dos gatos, o povo daquela época transformou facilmente esses animais em seres místicos.
Cinco curiosidades sobre gatos que você precisa saber
1- Os gatos e o hábito de ronronar que indica que o gato está tentando chamar a atenção por algum motivo, seja por fome, para pedir carinhos ou para que se afaste de algo que apresenta algum tipo de perigo.
2- Levantar o rabo é um ótimo sinal, já que pode ser considerado como um sinal de amizade, podendo ser direcionado tanto para outro felino como para os seres humanos de quem ele gosta.
3- Incômodo ao tocarem nas patas. Extremamente sensível, a almofadinha das patas felinas é uma ferramenta poderosa para o tato e a sensibilidade caçadora dos bichanos. Por isso, os gatos tendem a se sentir absolutamente incomodados quando alguém tenta mexer nessa região
4- Se esfregar na perna do dono. Outro sinal clássico da demonstração de amizade do gato, o ato de se esfregar nas pernas das pessoas demonstra afeição e confiança, sendo que, geralmente, o felino levanta o rabo (como explicado anteriormente) antes de começar a roçar nas pernas do humano de quem gosta.