Para melhorar a produção agrícola, a renda e a vida do produtor rural, o Governo do Estado lançou o Programa de Ações de Pesquisa e Transferência de Tecnologias para a Agricultura Familiar, que será desenvolvido pela Secretaria de Agricultura Familiar (SAF) e Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Agerp), em parceria com a Universidade Estadual do Maranhão (Uema) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa-Agrobiologia).
“O segredo do desenvolvimento de qualquer setor é o conhecimento e a transferência de tecnologias, que levam ao homem do campo melhoria de renda e vida”, disse o secretário de Estado de Agricultura Familiar (SAF), Adelmo Soares, no evento de lançamento do programa, realizado na sexta-feira, dia 26, na UEMA.
O programa tem a meta de melhorar a vida e a renda do produtor maranhense por meio da criação de uma vitrine tecnológica, que prevê criação de laboratório móvel de fertilização de solo, implantação de um sistema de apoio à comercialização, de um núcleo de geoprocessamento composto por banco de dados agropecuários e geoespaciais do Maranhão, além de criar uma rede de estações meteorológicas do estado. Uma inovação no estado, na área da agricultura familiar.
Dia de campo
Após o lançamento do Programa de Ações foi realizado o Dia de Campo sobre a cultura do feijão-caupi com uso de inoculantes, na Unidade Experimental Participativa (UEP), na Fazenda Escola da Uema. O local serve de intercâmbio e ação compartilhada entre órgãos, onde os alunos que atuam com pesquisa têm a oportunidade de manejar o solo e a cultura, além de analisar a eficiência agronômica, supervisionados por pesquisadores da Agerp, da Embrapa-Agrobiologia e da Uema.
“É isso que o governador Flávio Dino quer dentro do Plano ‘Mais IDH’, aumentar a renda do agricultor, e é através do feijão-caupi que vamos conseguir o aumento da produção e, consequentemente, elevar os ganhos do produtor maranhense”, destacou Adelmo.
De acordo com o secretário, em vinte municípios do ‘Mais IDH’, inicialmente, serão implantadas as Unidades de Referência Tecnológica, um espaço para trocar informações e tecnologias para o agricultor implantar em sua área o feijão-caupi inoculado e a meta é que se estenda aos demais municípios.
No Maranhão, segundo o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Agerp, Carlos Freitas, o caupi é o típico feijão nordestino, fundamental para garantir a segurança alimentar do agricultor e fonte de renda.
“O agricultor colhe cerca de 500kg por hectare do feijão-caupi, mas com a tecnologia que estamos apresentando, que é inoculado, o agricultor pode dobrar sua produção. Além disso, o caupi é uma cultura de ciclo curto, cerca de 60 dias para colher, fator esse que faz o produtor ter retorno rápido do que plantou,” disse Freitas.
Segundo a chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agrobiologia, Ana Garofolo, o inoculante do feijão-caupi é uma bactéria benéfica para criação de nódulos nas raízes das plantas, que promove a fixação biológica de nitrogênio.
“O feijão-caupi inoculado é um incremento não só para a agricultura familiar, mas um ganho para o meio ambiente. A utilização do inoculante dispensa fertilizantes o que garante recuperação e preservação de solos e reduz custos de produção sem causar danos ambientais”, ressaltou Ana.
Participaram do evento o vice-reitor da Uema, Walter Canales Santana, a secretária-adjunta da Secretaria de Direitos Humanos e Participação Popular, Aracea Carvalho, engenheiros agrônomos da Agerp e estudantes de agronomia da Uema.