CIRURGIAS ONCOLÓGICAS

Hospital do Câncer realiza primeira cirurgia de esôfago totalmente laparoscópica pelo SUS

Os procedimentos cirúrgicos com a técnica começaram a ser realizados em sua plenitude no tratamento de câncer estomacal

Em fevereiro deste ano, o Hospital de Câncer do Maranhão Dr. Tarquínio Lopes Filho começou a executar um planejamento para a realização de cirurgias oncológicas minimamente invasivas, utilizando equipamentos de videolaparoscopia e videotoracoscopia. As cirurgias que utilizam totalmente esses equipamentos são consideradas de alta complexibilidade e realizadas em poucos centros de excelência no país. A principal diferença entre a cirurgia convencional (aberta) e a cirurgia minimamente invasiva é a diminuição no tamanho da incisão, que acelera cerca de 50% o tempo de recuperação do paciente.
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Marcos Pacheco, aparentemente a cirurgia minimamente invasiva é mais cara do que a convencional, porém, quando se faz a contabilização da economia feita diminuindo pela metade o período de internação dos pacientes e a redução de custos na baixa infecção hospitalar, ao final os valores gastos são menores. “Estamos oferecendo um melhor tratamento aos pacientes e ainda reduzindo gastos, conforme nos orientou o governador Flávio Dino. É apenas o início dos resultados obtidos quando a tecnologia é utilizada com responsabilidade por uma gestão pública de saúde. Essa é a primeira de muitas cirurgias totalmente laparoscópicas que serão feitas pelo SUS aqui no Hospital do Câncer”, afirmou Pacheco.
Os procedimentos cirúrgicos com a técnica começaram a ser realizados em sua plenitude no tratamento de câncer estomacal, com a realização das cirurgias de heparectomias, gastrectomias, gastroduodenopancreatectomias, colectomias e esofagectomias, no início de junho no Hospital de Câncer do Maranhão.
O diretor-geral do hospital, Dr. José Maria Assunção Moraes Júnior, explica que nesses tipos de procedimentos a recuperação e a alta hospitalar são mais rápidas, trazendo menores riscos de infecção hospitalar e incidência de hérnias pós-cirúrgicas. “Os benefícios dessa cirurgia no paciente portador de câncer são ainda maiores, já que ele poderá acelerar o tratamento quimioterápico adjuvante com a cicatrização mais rápida do que após as cirurgias convencionais, possibilitando um tratamento curativo”.
Paciente Clemente Barros, primeiro a realizar a cirurgia de esôfago com a nova técnica

O paciente Clemente Mendes Barros, 73 anos, mecânico aposentado, está fazendo tratamento de câncer no esôfago. O diagnóstico que recebeu ano passado foi que deveria fazer uma cirurgia aberta com três grandes incisões no pescoço, tórax e abdômen. Porém, na primeira semana desse mês, o paciente realizou a cirurgia de esofagectomia, onde o cirurgião fez apenas pequenas incisões usando pinças finas, auxiliado por uma câmera interna introduzida nas cavidades corporais a serem operadas.

“Estou muito contente com a rapidez da recuperação após a cirurgia. Não vejo a hora de poder voltar a realizar minhas atividades normalmente, fazer minhas caminhadas perto de casa, ir ao supermercado”, relata o senhor Clemente Barros.
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