PASSEATA

Homenagem ao policial Max Muller clama por paz no estado

Além do policial, outras três pessoas foram mortas, durante um assalto em Panaquatira

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“Ele foi um herói para salvar vidas. Nossa dor é grande e eterna”. O relato é de uma familiar do policial militar Max Muller Rodrigues Carvalho, 27 anos, morto em assalto a uma residência, na Praia de Ponta Verde, Panaquatira, no dia 23. Para lembrar e homenagear o policial, e também pedir um basta à violência, amigos com quem ele praticava basquete organizaram uma passeata. O evento foi realizado na tarde do último sábado, na Avenida Litorânea e reuniu cerca de 80 pessoas, segundo familiares. Munidos de faixas e cartazes, caminharam pela avenida pedindo paz. A polícia militar deu suporte ao ato. Quem esteve na praia na ocasião, aproveitou para se juntar ao movimento e reforçar os pedidos de paz, mais segurança e fim da violência. Quatro dos sobreviventes também participaram da passeata.

A passeata saiu do parquinho da Litorânea, seguiu pela via e retornou ao mesmo local. Na chegada, a mãe do militar, Cássia Regina, muito emocionada, aproveitou o momento para pregar aos que ali se encontravam. Os participantes, que vestiam branco pedindo paz, fizeram orações pelas vítimas. Muitos policiais, à paisana, também reforçaram o movimento. A família tem acompanhado as investigações pela imprensa, segundo relatou a familiar, que preferiu não se identificar. Ainda segundo ela, de forma voluntária, a polícia militar tem dado suporte e segurança à família. Rondas constantes são realizadas nas proximidades da residência da família. “O assédio ainda é grande e vem de todas as partes. Mas, eu e meus familiares vamos tentar ficar mais reclusos, neste que é um momento muito triste para nós. Precisamos”, disse.
Além do policial, outras quatro pessoas foram mortas, sendo um dos assaltantes. Outras cinco ficaram feridas, uma segue internada. A caseira Joseane Aires da Costa, 28 anos, foi presa suspeita de envolvimento nos crimes. Para a polícia, ela teria ajudado os criminosos repassando informações e era parente do assaltante que foi morto, o Josinaldo Aires da Costa, conhecido como ‘Nau de Panaquatira’. Em depoimento, Joseana negou qualquer participação no caso. Além da caseira, um menor de 17 anos, suspeito de participação, foi apreendido quando participava do velório do assaltante morto. Na casa do menor a polícia teria encontrado vários pertences de vítimas de assalto anterior ocorrido no local. O menor teria confessado participação e citou outros quatro envolvidos.
Mortes
O fim de semana foi marcado por quatro mortes, segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP-MA), em sua página. O mês de maio registrou 86 mortes, sendo 61 homicídios dolosos (com intenção), 11 decorrentes de confronto com policiais, sete latrocínios, dois foram lesão seguida de morte, dois no trânsito e três a esclarecer. Mês passado foram registrados 80 mortes envolvendo estes mesmo tipos de casos.
O maranhense José da Conceição Ferreira da Silva, 39 anos, que era ajudante de produção, é um dos mortos do acidente da usina de Belo Monte. O acidente ocorreu na madrugada do sábado no Sítio Belo Monte, no Pará. O maranhense estava em um dos silos de armazenamento de cimento que desabou quando um caminhão descarregava produto. A empresa terceirizada realiza os procedimentos de liberação e traslado do corpo, para a cidade de Santo Antônio dos Lopes, segundo nota do consórcio. Informou ainda que dará apoio à família da vítima e vai auxiliar nas investigações.
Prisão
Os militares envolvidos no caso que culminou na morte do homem suspeito de praticar assalto, na última quinta, em Vitória do Mearim, foram presos e autuados em flagrante. Eles devem responder por crime de homicídio qualificado. Em depoimento, o sargento Miguel e o soldado Gomes afirmaram que após o assalto a polícia teria sido acionada e começou então uma perseguição. Um dos suspeitos de praticar o assalto, identificado como Irinaldo Batalha, 35 anos, teria revidado, dando início a uma troca de tiros.
O sargento explicou ainda que os policiais relataram que o vigia Luíz Carlos estava na viatura acompanhando a ação. O vigilante seria uma pessoa conhecida na cidade e sempre dava apoio à polícia, sendo funcionário do município. Ele teria sido levado para trazer a motocicleta após a prisão dos suspeitos. Quando o garupa foi atingido e veio ao solo ele teria sido designado para permanecer no local e fazer a segurança da área, uma vez que a perseguição continuou. O vigilante encontra-se foragido e as buscas continuam para prendê-lo.
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