PARALISAÇÃO
Em greve, trabalhadores em educação da UFMA aprovam a suspensão das matrículas do SISU
A suspensão das matrículas ocorrerá nos dias 19, 22 e 23 de junho como forma de pressionar o Governo Federal a atender a pauta de reivindicações da categoria
Em assembleia geral de greve realizada na tarde de quarta-feira, dia 17, os técnico-administrativos em educação da UFMA, aprovaram por unanimidade a suspensão das matrículas do Sistema de Seleção Unificada – SISU, acompanhando a orientação aprovada no Comando Nacional de Greve – CLG/FASUBRA, em Brasília.
Os trabalhadores denunciaram as precárias condições que os estudantes aprovados para a UFMA irão encontrar na universidade, depois, principalmente, do corte de verbas realizado pelo Governo Federal no início do ano na ordem de 9 bilhões de reais. A falta de recursos está inviabilizando a manutenção até mesmo de serviços essenciais na universidade, a exemplo da falta de pagamento dos fornecedores de alimentos do restaurante universitário, que pode fechar a qualquer momento.
A suspensão das matrículas ocorrerá nos dias 19, 22 e 23 de junho, como forma de pressionar o Governo Federal, através do Ministério da Educação – MEC, e Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG, a atender a pauta de reivindicações que se estende desde o ano de 2012. A reposição de 27,3% no piso salarial, a realização de concurso público para preenchimento de todas as vagas em aberto, a devolução e repasse de verbas para a UFMA, além do reposicionamento dos aposentados e pensionistas no Plano de Carreiras da categoria são algumas das principais reivindicações do movimento.
Ao longo dos próximos dias ações sistemáticas de fechamento das bibliotecas da universidade, setores administrativos e Hospital Universitário serão paralisados na tentativa de efetivar o encaminhamento das negociações com o governo, disse Mariano Azevedo, presidente do SINTEMA.
Os trabalhadores em educação estão buscando diálogo com os estudantes através do Diretório Central de Estudantes – DCE, e com os professores através das entidades representativas ( APRUMA e SINDUFMA) no intuito de construir uma greve unificada, e assim, sensibilizar toda a comunidade universitária e a sociedade em geral acerca da problemática que passa o ensino superior do país. “A sociedade precisa entender que nós estamos lutando por todos nós”, disse Jorge Mendes, dirigente sindical e membro do Comando Local de Greve – CLG/SINTEMA.
Ainda durante a assembleia, durante os informes, foi repassado aos presentes que os professores da UFMA estão em greve desde o dia 10 de junho, e que os trabalhadores do IFMA, campus Maracanã, estão em estado de greve podendo deflagrar o movimento a qualquer momento.
Os membros da mesa disseram que o Superior Tribunal de Justiça – STJ, concedeu liminar favorável à FASUBRA, abrindo prazo de 10 dias para que o MEC e MPOG, se manifestem sobre a greve dos trabalhadores em educação de todo o país. A pressão é para que o Governo negocie de fato e encaminhe as demandas debatidas exaustivamente ao longo de anos na mesa de negociação da categoria com o MEC.
Os trabalhadores da UFMA foram convocados a participar na manhã desta quinta-feira (18), de duas atividades: a primeira, às 7 horas, atividade de mobilização e sensibilização dos trabalhadores lotados no Hospital Universitário Materno Infantil, com panfletos, carro de som e corpo a corpo na entrada do hospital; a segunda, não menos importante, às 8h, no Palácio Cristo Rei, da reunião do Conselho Universitário da UFMA – CONSUN, onde os CLG/SINTEMA entregará uma carta solicitando o apoio dos conselheiros ao movimento grevista dos técnicos.
Sônia Baldez, que faz parte do Comando Local de Greve – CLG/SINTEMA, denunciou casos de assédio moral estariam ocorrendo com servidores do Labohidro. O CLG/SINTEMA aprovou a visita e conversa com os servidores lotados no local, além da investigação do caso, para posterior deliberação.
Por fim, foi aprovada e encaminhada a pauta de atividades para os próximos dias. Anote, comprometa-se com a luta e participe!
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