CAPACITAÇÃO

Oficinas são realizadas para gestores que atuam na reintegração de detentos

Os cursos atendem às demandas dos próprios gestores que acompanham de perto a execução da metodologia Apac

GOVERNO

O Governo do Estado realizou na quarta-feira (27) oficinas de capacitações de 45 funcionários, administradores e voluntários das oito Associações de Proteção e Assistência aos Condenados (Apacs) que atuam no Maranhão. A medida foi parte da I Semana da Metodologia Apac no Maranhão, realizada pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária. Participaram das oficinas as áreas de segurança, administração e finanças. Os cursos atendem às demandas dos próprios gestores que acompanham de perto a execução da metodologia Apac na reintegração de apenados.

Raiana Araujo, supervisora da metodologia Apac da Sejap classificou como extremamente positivo o resultado dessa agenda. “O retorno da eficiência da metodologia depende da vivência de quem está na ponta, no dia-a-dia com os apenas em recuperação”, afirmou ela que confirmou o compromisso do governo Flávio Dino com a humanização da execução penal.
O cadeirante Rinaldo Guimarães, por exemplo, começou na Apac de São José e hoje trabalha na Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados (Fbac), entidade que congrega as Apacs brasileiras e monitora a execução da sua metodologia. Emocionado, ele relatou sua experiência na instituição que foi a responsável, segundo ele, “por tudo o que conquistou de bom na vida”.
Marcelo Moutinho, que veio na comitiva de cinco representantes da Fbac, fechou o dia com um breve relatório do trabalho mundialmente difundido pelas Apacs. “Ninguém é irrecuperável e todos os dias temos provas concretas disso”, afirmou ele. A I Semana Estadual da Metodologia Apac do Maranhão termina nesta sexta-feira (29) e reservou os dois últimos dias para o encontro entre defensores públicos, juízes e promotores de justiça, que acontecerá na Escola de Magistratura do Maranhão, para que sejam repassados detalhes da metodologia que, no mundo inteiro, tem reintegrado detentos à vida familiar e profissional a um custo baixo para a sociedade. “A ideia é convencer os magistrados de que é fundamental o apoio deles às Apacs, isso vai influenciar diretamente a execução penal pela qual eles também são responsáveis”, afirmou Moutinho.
Histórico
A APAC nasceu em 1972, em São José dos Campos (SP), por iniciativa de voluntários cristãos que frequentavam o presídio Humaitá evangelizando e levando conforto moral aos presos. Dois anos depois, a Pastoral Penitenciaria (ligada aos movimentos eclesiais de base) decidiu dar conformação jurídica a esse voluntariado através de uma entidade civil e sem fins lucrativos, a que deu o nome de Associação de Proteção e Assistência aos Condenados. Em 1995, surgiu a FBAC, sediada em Itaúna (MG), que congrega, orienta, fiscaliza e protege a metodologia Apac no Brasil e no mundo.
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