RUÍDO

São Luís tem problema com poluição sonora , nível passa de 80 decibéis

A Rua Grande, centro comercial da cidade, é considerada um dos locais em que a quantidade de poluição sonora é maior

poluição, sonora Em São Luís, a poluição sonora é um grande problema encontrado em vários pontos como ruas, avenidas e locais públicos. Nível, que é medido em decibéis, passa dos 80, número tolerado pelo Conselho Nacional de Trânsito (Conatran). Estudantes de uma escola particular da capital estão monitorando os ruídos encontrados, com o objetivo de debater estes problemas e encontrar soluções para reduzir a poluição sonora.

A Rua Grande, centro comercial da cidade, é considerada um dos locais em que a quantidade de poluição sonora é maior, chegando a 94 decibéis. O ruído é proveniente, sobretudo, de caixas de som das várias lojas existentes no local. A questão foi tema do I Fórum sobre Ruídos em Áreas Urbanas, realizado ontem (29), na Universidade Ceuma para discutir a questão e elaborar planos de metas a fim de elaborar uma “Carta Acústica para São Luís”. 

Para o secretário municipal de Meio Ambiente, Marco Aurélio Diniz, o fórum tem como objetivo elaborar metas para realizar campanhas educativas explicando à população os malefícios causados à saúde por ruídos, além de deixa-la ciente sobre como e onde realizar denúncia. O encontro pretende ainda intensificar a aplicabilidade da Lei do Silêncio na capital.

Os donos de estabelecimentos comerciais já estão sendo avisados que após a entrega da “Carta Acústica de São Luís”, prevista para meados de junho, passará a realizar fiscalização com sanções que vão de multa ao fechamento do local. “O impacto desejado com estas ações é a qualidade de vida da população que está próxima aos principais emissores de poluição sonora”, afirma o secretário.

Segundo a professora Raquel Façanha, palestrante no evento, exposições acima deste índice já podem acarretar em lesões ao ouvido, muitas vezes irreversível, levando a perda auditiva. Já dados da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), apontam que o ouvido humano suporta até 85 decibéis. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a poluição sonora a terceira maior do meio ambiente, perdendo apenas para a poluição da água e do ar.

Níveis de ruídos considerados excessivos estão inclusos no controle da poluição ambiental atribuída ao Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Em São Luís, segundo o Major Abrantes da Silva, do Centro Integrado de Operações de Segurança (CIOPS) afirma que um dos problemas encontrados pelos agentes que recebem as denúncias é o número insuficiente do aparelho para medir decibéis, chamado decibelímetro, questão já posta em pauta para a Carta.
“Este tipo de aparelho é muito importante para constatarmos que o estabelecimento ou residência está infligindo a lei do silêncio, porém, o número de aparelhos disponíveis para nós é insuficiente para algumas operações, porém este problema já está em pauta para que possamos revolver a questão e intensificar a aplicabilidade das normas previstas”, conclui.
Lei do Silêncio

De acordo com a Lei do Silêncio é permitido no período diurno em áreas residências, som com volume até 55 decibéis (dBA) e no noturno até 45 dBA. Já para outras áreas, a Lei permite som com altura até 65 dBA, durante o dia, e 55 dBA, durante a noite. Em áreas industriais, o volume permitido é de até 70 dBA e noturno até 60 decibéis.

As denúncias podem ser feitas pelos telefones da Delegacia de Costumes (3214 8652/3214 8653) e do Disque Denúncia (3223 5800) e, ainda, pelo telefone 190 do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops).
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