Está circulando nas redes sociais uma publicação que afirma que os termômetros infravermelhos, usados para medir a temperatura para prevenção do coronavírus, causam danos à glândula pineal. 

“Estou realmente preocupada. Comecei a implementar os novos protocolos em vigor. Umas das minhas tarefas é medir e registrar a temperatura de cada pessoa. Eu aponto para o centro da sua testa com minha arma em forma de termômetro, puxo o gatilho, espero pelo bipe e registro a temperatura. Sempre peço desculpas à pessoa antes de prosseguir! Depois de fazer isso uma dúzia de vezes, de repente tive uma percepção:

Estamos sendo dessensibilizados aos direcionarmos à cabeça e também causando problemas de saúde potenciais ao apontar um raio infravermelho para a glândula pineal?

Comecei então a medir a temperatura do pulso, que acabou sendo mais precisa, já que a testa é mais fria que o pulso e os resultados diferem em mais de um grau em alguns casos. […]”, diz a legenda do post. 

O termômetro infravermelho corporal causa danos à glândula pineal? 

Não há qualquer evidência cientifica que comprove que o termômetro  infravermelho corporal cause danos à glândula pineal. Especialistas afirmam que esse infravermelho é superficial, logo, é incapaz de atingir qualquer sistema nervoso central e que a luz que sai dos termômetros é ultravioleta, que não causa danos ao cérebro. 

Segundo o guia sobre o uso de termômetros infravermelhos do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), os aparelhos têm a função de detectar a radiação emitida pelo corpo, onde não há contato do aparelho com a pessoa.

Ainda segundo o Inmetro, a testa é mais indicada para a verificação da temperatura. “Na testa temos uma indicação de temperatura um pouco maior comparada à superfície exposta do braço ou da perna, em torno de 0,8 ºC. Por essa razão, o usuário somente deverá medir no local indicado pelo fabricante”, diz o instituto. 

Glândula pineal

A glândula pineal é responsável por produzir a melatonina. Este hormônio é fundamental para a indução ao sono, estando diretamente relacionado à regulação do metabolismo no dia a dia, incluindo períodos de descanso ou atividade plena.