Nesta terça-feira (11), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) lança o STJ Logos, uma ferramenta de inteligência artificial generativa criada para possibilitar a elaboração de conteúdos judiciais de maneira otimizada. O motor certamente transformará a rotina da Corte ao automatizar ações que possuem maior complexidade, reduzindo o tempo gastado durante a análise de processos.

Geralmente ferramentas tradicionais de IA executam operações mais simples, no entanto, o STJ Logos foi desenvolvido para cooperar com a produção de minutas de relatórios de decisões e na análise de admissibilidade de agravos em recurso especial (AREsp). O nome dado a IA faz menção ao conceito de logos, que em na língua grega significa “razão” e “discurso”, refletindo o papel da tecnologia lançada como um apoio estratégico para os gabinetes dos ministros.

A tecnologia foi lançada hoje no Salão Nobre do STJ, durante a cerimônia, estiveram presentes no local o presidente da Corte, ministro Herman Benjamin, além de outros magistrados e membros da imprensa. O ocasião marca um avanço significativo na digitalização da Justiça brasileira.  

Acervo processual reduzido

É previsto que o STJ Logos ajude a combater um dos principais desafios do Tribunal: o número elevado de processos em tramitação. No início deste ano, o acervo da Corte já possuía mais de 360 mil processos, enfatizando ainda mais a necessidade de medidas tecnológicas que possibilitassem maior celeridade às decisões.

O ministro Herman Benjamin, na abertura do ano judiciário, destacou que a inteligência artificial utilizada cada vez mais para cooperar com a atividade jurisdicional, além disso, o presidente da Corte assegurou que os novos projetos na área tecnológica terão “máxima prioridade“. As ações seguem a tendência de outros tribunais brasileiros, que já implementaram instrumentos baseados em IA, visando assim otimizar seus fluxos de trabalho.

“O STJ sempre esteve na vanguarda da inovação tecnológica desde 2018, com a criação da assessoria de inteligência artificial. Avançamos de forma consistente, construindo soluções como Atos e Sócrates”, afirmou. “Essas iniciativas foram fundamentais para consolidar uma cultura de inovação no tribunal, preparando o terreno para o lançamento de hoje”, disse Benjamin.