Queimadas no Brasil batem recorde de 14 anos, aponta Inep
De janeiro a 29 de setembro, o número de focos de incêndio cresceu 243% em comparação com o mesmo período de 2023.
O mês de setembro de 2024 atingiu a marca de 82.191 queimadas, o maior número registrado nos últimos 14 anos, de acordo com o Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (PQueimadas – Inpe).
Isso representa um aumento de 30% em relação à média histórica para o mês. O volume de incêndios coloca setembro de 2024 como o quinto pior da história, superado apenas pelos meses de setembro de 2004, 2005, 2007 e 2010.
O acumulado dos últimos três meses de 2024 coloca o ano em caminho para ser o pior em número de incêndios desde 2010, quando mais de 319 mil queimadas foram registradas.
O Centro-Oeste foi a região que mais sofreu com o aumento das queimadas. De janeiro a 29 de setembro, o número de focos de incêndio cresceu 243% em comparação com o mesmo período de 2023. O estado mais afetado foi o Mato Grosso, que registrou 45,7 mil focos, um aumento de 219% em relação ao ano anterior.
O Sudeste também registrou um aumento expressivo, com um crescimento de 197% em relação a 2023. São Paulo liderou os focos na região, com 7,8 mil registros, enquanto Minas Gerais contabilizou 10,1 mil, sendo o estado com o maior número de queimadas ao longo do ano.
Os biomas também sofrem severamente com o aumento das queimadas. O Pantanal apresentou o pior cenário, com um aumento de 1.431% em relação ao ano passado, registrando 11,8 mil incêndios. Já a Mata Atlântica contabilizou 18,3 mil focos de fogo, representando um aumento de 125% em comparação ao mesmo período de 2023.