Levantamento

Mais da metade dos motociclistas brasileiros não tem habilitação, revela Senatran

Dos 34,2 milhões de proprietários de motos no país, 17,5 milhões não têm a permissão adequada para pilotá-las.

99Moto oferece serviço de transporte de passageiros em motocicletas. (Foto: Getty Images)

Um estudo realizado pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) revelou que 53,8% dos proprietários de motocicletas, motonetas e ciclomotores no Brasil não possuem a habilitação de categoria A, exigida para conduzir esses veículos.

Dos 34,2 milhões de proprietários de motos no país, 17,5 milhões não têm a permissão adequada para pilotá-las.

O levantamento também aponta uma curiosa discrepância: enquanto a maioria dos proprietários de motos não tem habilitação, 61% dos habilitados com a categoria A não possuem motocicletas registradas em seu nome.

A pesquisa, baseada em dados do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), destaca ainda o crescimento exponencial da frota de motocicletas no Brasil, que já representa 28% de todos os veículos automotores do país.

Nos últimos cinco anos, o número de emplacamentos de novas motocicletas aumentou significativamente.

Nos primeiros seis meses de 2024, foram emplacadas 933 mil unidades, um aumento de 76% em comparação ao mesmo período de 2019, quando 530 mil motos foram registradas.

Embora a pandemia tenha impactado a produção de veículos, com uma queda em 2020, o setor de motocicletas se recuperou fortemente.

A produção nos primeiros oito meses de 2024 alcançou 1 milhão de unidades, o melhor índice desde 2012, segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).

O estudo da Senatran atribui o crescimento da preferência por motocicletas a fatores econômicos e de mobilidade.

Esses veículos são mais acessíveis em termos de custo inicial, manutenção e economia de combustível, além de oferecerem maior agilidade em áreas urbanas congestionadas.

Além disso, muitos motociclistas residem em regiões com transporte público limitado ou inexistente, o que reforça a escolha por motocicletas como meio de locomoção.

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