Pequim: Jogos chegam ao fim marcados por covid-19 e doping de Valieva
A cerimônia deste domingo (20) foi coroada por uma queima de fogos de 90 segundos.
Pequim apagou sua chama olímpica neste domingo (20), encerrando uma Olimpíada que será lembrada pelos extremos de suas medidas anti-covid-19 e pela polêmica com o escândalo de doping que envolveu a sensação da patinação russa de 15 anos, Kamila Valieva.
O presidente chinês Xi Jinping esteve presente na cerimônia, no estádio Ninho de Pássaro, que teve como tema flocos de neve e onde o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, descreveu os Jogos de Pequim como “verdadeiramente excepcionais” antes de declará-los encerrados.
Os Jogos de Pequim, contidos em um “circuito fechado”, foram a segunda olimpíada, em seis meses, a ter grande parte de sua festividade privada pela covid-19.
O evento também foi marcado pela política, em que vários países encenaram um boicote diplomático sobre o histórico de direitos humanos da China, e sob o espectro da invasão da Ucrânia pela Rússia, com o presidente Vladimir Putin participando da cerimônia de abertura em uma demonstração de solidariedade à Xi contra o Ocidente.
Ainda assim, a China foi poupada de quaisquer protestos embaraçosos sobre seu tratamento à minoria muçulmana uigur ou qualquer outra coisa, e os milhares de jornalistas estrangeiros ficaram presos no circuito fechado, incapazes de reportar mais amplamente.
A cerimônia deste domingo (20) foi coroada por uma queima de fogos de 90 segundos que dizia “um mundo, uma família”, seguida por uma versão de “Auld Lang Syne”.
Durante o encerramento, Bach elogiou os organizadores de Pequim e fez um apelo à unidade e ao acesso universal às vacinas contra a covid-19.
Vocês se abraçaram, mesmo que seus países estejam divididos pelo conflito”, disse ele. “O poder unificador dos Jogos Olímpicos é mais forte do que as forças que querem nos dividir: você dá uma chance à paz.