CORONAVÍRUS

Estudo lista tendências de consumo da pandemia que devem perdurar

O levantamento, realizado com 500 pessoas das 5 regiões do Brasil, aponta que produtos de higiene pessoal, limpeza para casa e medicamentos são os itens mais procurados durante esse período

Foto: pixabay

A pandemia causada pelo novo coronavírus transformou não só a rotina dos brasileiros, como também sua forma de consumo. Sem conseguir fazer compras como antes e até mesmo sem a chance de investir seu dinheiro em viagens, restaurantes e passeios, muitas pessoas mudaram suas prioridades e a forma de distribuir sua renda. Mas o que um estudo da MindMiners, realizado a pedido da agência Leo Burnett, mostra é que estas tendências de consumo devem perdurar durante o período pós- pandemia.

O levantamento, realizado com 500 pessoas das 5 regiões do Brasil, aponta que produtos de higiene pessoal (30%), produtos de limpeza para a casa (21%) e medicamentos (14%) lideram o ranking de categorias que, segundo os consumidores, são os itens mais buscados. Para os entrevistados, houve uma corrida por álcool em gel (83%), sabonetes líquidos (56%) e desinfetantes (45%).

Mas, de acordo com os pesquisadores, a tendência de cuidados mais intensos com a limpeza de casa ser mantida pós-pandemia, o que pode mudar é a relação com determinados produtos, como o uso excessivo de álcool em gel. Ainda segundo o levantamento, as compras pela internet entre os entrevistados já cresceram 14%. Quando questionados se farão mais pedidos na próxima semana, o número sobe para 24%. A expectativa é realmente essa, que as compras online cresçam cada vez mais.

A pesquisa Impactos da Pandemia no Comportamento do Consumo do Brasileiro, realizada pelo Instituto Locomotiva, aponta quais os setores devem sentir com mais intensidade essa transição para o comércio virtual. O levantamento mostra que 50% dos entrevistados que frequentavam livrarias e papelarias não fariam mais questão de ir às lojas físicas depois da quarentena. Em relação a lojas de artigos para crianças, o percentual é de 49%, as perfumarias e petshops, de 44%; a lojas de departamento e shopping centers, de 41%; e a lojas de material de construção, de 38%.

Ainda sobre as vendas online, o portal de auxílio ao consumidor ReviewBox revelou, em artigo publicado recentemente, que a experiência do consumidor com o e-commerce vive uma tendência de melhora. O material do site explica que “os brasileiros estão aprendendo a pesquisar mais sobre os produtos, escolher as lojas, encontrar empresas conhecidas no mercado online, e tudo isso fez com que a relação com o comércio virtual se tornasse tão promissora.”

Os meios de comunicação que sofreram uma queda na relação com o público no último ano, também mudou este cenário durante a crise. O estudo aponta que 82% dos entrevistados buscam notícias pelo menos uma vez ao dia. 53% revelam ter “aumentado consideravelmente” a frequência do consumo de informação.

Sites de notícias (77%), TV aberta (76%) e redes sociais (64%) são os maiores fornecedores de informações. Entretanto, 44% dos entrevistados afirmam que o conteúdo que chega via redes sociais é “pouco ou nada” confiável. Os dados revelam a volta da confiança nos veículos formais de comunicação, tendência que promete persistir ao período pós-pandemia.

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