NORDESTE

Maranhão no topo do ranking em número de benefícios no Brasil

Pesquisa do IBGE mostra que 1,182 milhão de domicílios (61,7% dos domicílios do estado) foram beneficiados com o auxílio emergencial em maio

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Sem uma renda formal, a dona de casa Maria Rosa Florêncio, casada e com dois filhos já está ansiosa para receber a terceira parcela do auxílio emergencial, criado pelo Governo Federal para fornecer proteção social no período de enfrentamento da crise causada pela pandemia do novo coronavírus. “Recebi duas parcelas de R$ 600 e foi importante ter esse dinheiro porque meu marido não tem emprego formal, ele é motorista de aplicativo, e eu desempregada.

Então, está sendo uma ajuda e tanto para comprar produtos de mercearia, pagar contas, nesse período em que tudo está mais difícil”, disse a dona de casa, moradora do bairro Jardim América.

Recebi duas parcelas de R$ 600 e foi importante ter esse dinheiro porque meu marido não tem emprego formal, ele é motorista de aplicativo, e eu desempregada

Maria Rosa Florêncio está entre os 4,8 milhões de maranhenses (67,9% da população do estado) que reside em domicílios onde pelo menos um morador recebeu o Auxílio Emergencial, em maio. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD Covid-19) do IBGE, 1,182 milhão de domicílios (61,7% dos domicílios do estado) foram beneficiados com o auxílio.

Em mapa disponibilizado pelo IBGE, o Maranhão ocupa o primeiro lugar na região Nordeste em domicílios beneficiados, com 61,7%. Em seguida, vem o Alagoas com 57,1%. Em relação ao Brasil, o Maranhão fica em segundo lugar, atrás do estado líder em domicílios beneficiados, o Amapá, com 61,8%.

Esse auxílio, segundo a pesquisa, representa um acréscimo de 32,7% na Renda Domiciliar per capita média, que é de R$533,94 sem o auxílio, e de R$708,28 com o benefício. Foi o caso da manicure Silvana de Jesus. Ela disse que a renda da sua casa não chega a 600. “Com a Covid e por causa do decreto do governo, o salão foi fechado e nós fomos dispensadas. Ainda assim, eu consegui fazer uns trabalhos por fora, mas não dava muito. Não tenho marido, e tenho uma filha. Conto com ajuda da minha família, então esse auxílio está sendo muito bem-vindo, pois consegui comprar comida, principalmente”, disse ela, que, por ser mãe solo, recebeu o recurso de 1.200.

No total, segundo a pesquisa, em maio, no Maranhão, foi repassado R$ 1,232 milhão, distribuído principalmente para aqueles que estão nos estratos de renda mais baixos da população, cuja renda domiciliar, naquele mês, não ultrapassava R$ 549,96, o que representavam 82,5% dos recursos. Dos 68 milhões de domicílios existentes no Brasil, 38,7% (26,3 milhões de domicílios) foram beneficiados. Em termos populacionais, 45% dos 210 milhões de habitantes do país, quase 94 milhões de pessoas, residem em domicílios onde pelo menos um morador recebeu o auxílio.

Em mapa disponibilizado pelo IBGE, o Maranhão ocupa o primeiro lugar na região Nordeste em domicílios beneficiados, com 61,7%. Em seguida, vem o Alagoas com 57,1%. Em relação ao Brasil, o Maranhão fica em segundo lugar. O estado líder em domicílios beneficiados é com 61,8%.

Os dados da PNAD Covid-19 mensal foram divulgados visando apresentar os efeitos da pandemia no mercado de trabalho e na renda da população, a fim de produzir informações necessárias à elaboração de programas de apoio específicos ou de políticas públicas em geral. Esses primeiros resultados incluem estimativas detalhadas sobre cobertura e focalização do programa. O Auxílio Emergencial é destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados.

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