COVID-19

Pfizer inicia testes em humanos com possível vacina contra coronavírus

O plano é aplicar a possível vacina em 360 voluntários norte-americanos com idade entre 18 e 55 anos para a primeira etapa do estudo

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

a Pfizer, companhia farmacêutica norte-americana, anunciou nesta terça-feira (5) que iniciou os testes de múltiplas vacinas experimentais contra o coronavírus em seres humanos. A empresa já havia aplicado doses experimentais em voluntários na Alemanha.

No total, o plano é aplicar a possível vacina em 360 voluntários norte-americanos com idade entre 18 e 55 anos para a primeira etapa do estudo. Os pesquisadores já administraram cinco doses na segunda, sendo quatro delas de placebo. As análises estão sendo conduzidas na Universidade de Nova York, na Faculdade de Medicina da Universidade de Maryland, no Centro Médico do Hospital Infantil de Cincinnati e no Centro Médico da Universidade de Rochester.

De acordo com a empresa, se a vacina provar ser segura e eficaz nos testes, ela poderá estar pronta para ampla distribuição nos EUA até meados de setembro, encurtando significativamente o tempo que geralmente é levado para aprovação de drogas para imunização.

Como funciona a vacina

O desenvolvimento da droga é baseado no material genético conhecido como RNA mensageiro, que carrega as instruções para as células produzirem proteínas. Ao injetar um RNA mensageiro projetado de maneira específica no corpo, ele poderia dizer às células como produzir a proteína spike (que permite ao Sars-CoV-2 infectar nossas células) sem deixar a pessoa doente.

Para os testes, os participantes serão divididos em grupos para comparar quatro variações da vacina, cada uma representando um formato de RNA mensageiro com instruções para criar uma versão diferente da proteína spike. Os médicos acompanharão de perto os níveis de anticorpos dos participantes, enzimas hepáticas e outros indicadores de possíveis efeitos colaterais.

Data para distribuição

Apesar das previsões das empresas para setembro, essa data não deve ser tratada como absoluta. Isso porque, mesmo que os testes sejam satisfatórios, ainda é necessário a aprovação dos órgãos reguladores norte-americanos.

Para que seja liberada para produção, no entanto, pode ser que sejam necessários alguns testes mais detalhados para comprovação de eficácia, já que, assim como as vacinas produzidas no mundo todo, elas estão sendo feitas em caráter emergencial, com testes simultâneos em alguns casos, o que acelera o desenvolvimento, fazendo com que etapas importantes do processo sejam encurtadas.

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