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Cristãos, judeus e muçulmanos oram juntos pelo fim da pandemia em encontro histórico

A oração feita pelos lideres religiosos teve transmissão ao vivo pela internet e deve acontecer outras vezes até que o mundo consiga superar os efeitos causados pelo coronavírus

Fim da pandemia

A oração feita pelos lideres religiosos teve transmissão ao vivo pela internet

A pandemia que tem atingido o mundo e também mudanças de pensamentos e posicionamentos em diversos âmbitos, no religioso não tem sido diferente.

O momento é realmente de união, foi o que mostraram líderes judeus, cristãos e muçulmanos que se reuniram na última semana em oração pela primeira vez em Jerusalém, capital de Israel. Juntos, eles pediram para que Deus interceda e acabe com a pandemia do coronavírus.

O encontro dos lideres religiosos foi chamado de “Oração Global Conjunta”.

“Deus, Tu que nos alimentaste na fome e nos proporcionou abundância, libertou-nos da praga e libertou-nos de doenças graves e duradouras. Ajude-nos”, oraram os líderes religiosos.

A reunião inédita até então aconteceu em um hotel e teve transmissão ao vivo. Na ocasião, eles também fizeram um apelo pela união no planeta em oração:

“Essa nova realidade terrível afetou toda a humanidade, independentemente de religião, gênero e raça. Por verdadeira fé em solidariedade, agora apelamos a todos os cidadãos do mundo para que se unam e realizem uma oração conjunta à saúde e à unidade.”

A iniciativa foi apoiada pelo rabino-chefe de Israel, pelo Ministério das Relações Exteriores e pelo Ministério do Interior de Israel, pelo Conselho Mundial de Líderes Religiosos e por numerosas organizações judaicas e não-judaicas.

Um encontro que vai ficar na história

O rabino britânico David Rosen, comprometido com o diálogo inter-religioso, definiu o momento de oração como “histórico”:

“Os líderes religiosos deste país se reuniram pela primeira vez para rezar juntos, para invocar a graça divina e a compaixão dos Senhor, no momento em que toda a humanidade é desafiada por uma pandemia… É um momento “maravilhoso e triste” ao mesmo tempo”, disse.

“Centenas de milhares de mortos, milhões de doentes. Salva-nos, te imploramos, ó Senhor”.

Essa foi a excepcional oração comunitária realizada em Israel.

“O coronavírus não conhece fronteiras entre religiões, raças ou partidos políticos – disse o administrador apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém, arcebispo Pierbattista Pizzaballa, – estamos unidos na doença, e isso destruiu muitas barreiras e preconceitos entre nós”.

Ele expressou a esperança de que esta unidade possa continuar também após o fim da crise do coronavírus.

A oração comum ocorreu logo após um comunicado conjunto, emitido em 21 de março, no qual os líderes da Igreja do Santo Sepulcro (latim, ortodoxo grego e armênio) expressaram sua esperança de que “nesta situação perigosa todos os filhos de Abraão poderiam rezar juntos ao Todo-Poderoso para pedir proteção e misericórdia “.

Proximidade durante pandemia

Durante suas palavras após a recitação de Regina Coeli, neste domingo (03) o Papa expressou novamente sua proximidade com aqueles que sofrem de Covid-19 e com aqueles que cuidam de pessoas atingidas pelo vírus neste momento.

O Papa Francisco também expressou seu apoio a uma colaboração internacional que está ocorrendo com várias iniciativas para responder de forma adequada e eficaz a essa grave crise.

É importante, disse ele, “reunir capacidades científicas, de maneira transparente e imparcial, encontrar vacinas e tratamentos e garantir acesso universal a tecnologias essenciais que permitirão a todas as pessoas infectadas, em todas as partes do mundo, receber os cuidados de saúde necessários.”

Sublinhando a importância da oração neste momento difícil, o Papa disse que aceitou uma proposta do Comitê Superior da Fraternidade Humana de que, no próximo dia 14 de maio, “os fiéis de todas as religiões devem se unir espiritualmente por um dia de oração e jejum, para implorar Deus para ajudar a humanidade a superar a pandemia de coronavírus.”

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