Médicos alertam para os riscos de lesões e até morte do ”desafio da rasteira”
Popular entre diversos internautas, a ‘brincadeira’ perigosa viralizou nas redes sociais
Tem viralizado nas redes sociais e virou moda entre os internautas. Funciona assim: dois colegas chamam um terceiro para compor uma formação em linha reta. Primeiro, os dois da ponta tem que pular, de forma sincronizada. Em seguida convidam o componente do meio para fazer o mesmo. No momento em que ele salta, os outros dois dão-lhe uma bela rasteira e a pessoa cai no chão.
A brincadeira está sendo compartilhada nas redes sociais e a cada vídeo postado desafia outras pessoas. “Peguei um bobo! Agora, quero ver pegar também!”, estimulam os posts.
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No entanto, os especialistas alertam que o “desafio da rasteira” ou “desafio do quebra-crânio” é perigoso e pode ter finais não muito agradáveis que podem ir de lesões na caluna até a morte.
A Sociedade Brasileira de Neurocirurgia divulgou um comunicado em suas redes sociais alertando sobre os riscos dessa “brincadeira”. “Esta queda pode provocar lesões irreversíveis ao crânio e encéfalo (Traumatismo Cranioencefálico – TCE), além de danos à coluna vertebral. Com isso, a vítima pode ter seu desempenho cognitivo afetado, fraturar diversas vértebras, ter prejuízo aos movimentos do corpo e, em casos mais graves, ir a óbito”, diz.
A SBN ressalta ainda que o caso pode ser enquadrado como um crime. “O que parece ser uma brincadeira inofensiva, é gravíssimo e pode terminar em óbito. Os responsáveis pela “brincadeira” de mau gosto podem responder penalmente por lesão corporal grave e até mesmo homicídio culposo”, esclarece a nota.
Confira a nota na íntegra:
COMUNICADO DE UTILIDADE PÚBLICA⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Prezados (as) senhores (as),
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A Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) vem, por meio deste, alertar aos #pais e #educadores sobre a necessidade de reforçar a atenção com crianças e adolescentes, diante do #desafio “quebra-crânio”, que se alastra pelo ambiente doméstico, escolar e é reproduzido nas redes sociais.
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Ele provoca uma queda brutal, onde um dos participantes bate a cabeça diretamente no chão, antes que possa estender os braços para se defender. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Esta queda pode provocar lesões irreversíveis ao crânio e encéfalo (Traumatismo Cranioencefálico – TCE), além de danos à coluna vertebral. Como resultado, a vítima pode ter seu desempenho cognitivo afetado, fraturar diversas vértebras, ter prejuízo aos movimentos do corpo e, em casos mais graves, ir a óbito.
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O que parece ser uma brincadeira inofensiva, é gravíssimo e pode terminar em óbito. Os responsáveis pela “brincadeira” de mau gosto podem responder penalmente por lesão corporal grave e até mesmo homicídio culposo.
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Deste modo, como sociedade, pais, filhos e amigos, devemos agir para interromper o movimento e prevenir a ocorrência de novas vítimas. Acompanhar e informar/educar sobre a gravidade dos fatos, pode ser a primeira linha de ação.
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Sem mais para o momento, subscrevemo-nos.
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Diretoria
Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN)