PETRÓLEO

Querem transformar a Venezuela na nova Síria, diz Flávio Dino

Enquanto os Estados Unidos e países como o Brasil não reconhecem a posse de Maduro, governador do Maranhão disse que pelo petróleo estão criando um conflito interno ma país vizinho protagozinado por potências mundiais

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante sessão da Assembleia Nacional Constituinte para fazer juramento de posse (Foto: Reuters/Marco Bello)

Sempre ativo nas redes sociais, o governador Flávio Dino (PCdoB) foi até o tuíter para comentar a complexa situação da Venezuela e disse que forças externas querem transformar o país sul-americano numa nova Síria.

“Por causa de acesso a petróleo, querem transformar a Venezuela na nova Síria. Ou seja, um conflito “interno” mas, na verdade, protagonizado pelas maiores potências do mundo. Como a Venezuela é colada no Brasil, manda o bom senso que estimulemos soluções pacíficas, não guerras”, afirmou o governador do Maranhão.

Nicolás Maduro, que no país vizinho foi recém-empossado para o seu segundo mandato como presidente (2019-2025), é visto como símbolo de resistência ao que líderes de esquerda chamam de imperialismo norte-americano, como disse o próprio Partido Comunista do Brasil em editorial publicado em seu site oficial. Por outro lado, conservadores e opositores do presidente venezuelano o chamam de ditador.

“Há muitas décadas não temos guerras próximas às fronteiras brasileiras. Obviamente seremos impactados, inclusive por perdas comerciais. Quem pensa nos Estados Unidos e na indústria armamentista, quer guerra. Quem pensa no Brasil quer PAZ”, completou Dino.

Entre as polêmicas que rondam a política latino-americana nos últimos anos, o Grupo de Lima (bloco que inclui Brasil, Argentina, Canadá, Colômbia, Chile e Peru) declarou na última sexta-feira (11) que não reconheceria seu novo mandato presidencial.

Contrariando o governo brasileiro, a deputada eleita Gleisi Hoffmann (PT) viajou à Venezuela para assistir à cerimônia de posse e elencou sete motivos para justificar sua decisão, entre eles o de que sua presença serviu “para mostrar que a posição agressiva do governo Bolsonaro contra a Venezuela tem forte oposição no Brasil e contraria nossa tradição diplomática”.

No túíter, a petista completou dizendo que “Deixar de ir seria covardia, concessão à direita. A esquerda pode ter críticas ao governo Maduro, mas o destino da Venezuela está nas mãos do seu povo e de mais ninguém”, afirmou.

Gleisi também pontuou sobre a situação geopolítica do país vizinho. “A Venezuela tem uma das maiores reservas de petróleo do mundo. Seu presidente deve ser o próximo presidente da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). A atitude belicista de Trump pode internacionalizar o conflito venezuelano. Os Estados Unidos querem criar condições para isso. Nossa região será um novo Oriente Médio?”, questionou pelo tuíter.

Enquanto os Estados Unidos, a União Europeia e o já citado Grupo de Lima argumentam que as eleições realizadas na Venezuela em maio de 2018 não seguiram as recomendações internacionais, o herdeiro de Hugo Chávez rechaça todas as denúncias de irregularidades se respaldando no resultado das urnas – foi eleito com quase 70% dos votos – para ser enfático: “O presidente da Venezuela é eleito pelo povo da Venezuela”, declarou Nicolás Maduro em sua posse.

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