DÍVIDA

Brasil ainda sofre os efeitos da crise imobiliária dos EUA

Aniversário de dez anos da quebra da empresa estadunidense Lehman Brothers, causando uma crise econômica mundial, acontecerá no próximo sábado. Até hoje, há resquícios do acontecimento

Foto: REUTERS/Carlos Barria

Desde a falência do banco Lehman Brothers, nos Estados Unidos (EUA) — que antecedeu a crise econômica mundial de 2008 —, o endividamento das empresas e das famílias no Brasil teve um crescimento rápido e em larga escala. O aniversário de uma década do anúncio dramático da quebra da instituição será no próximo sábado, e o país ainda sofre com os reflexos de políticas adotadas para superar a turbulência financeira.

O saldo das dívidas adquiridas por operações de crédito disparou neste período, saindo de R$ 1,119 bilhão em agosto de 2008 para R$ 3,124 bilhões, pelos últimos dados do Banco Central, de julho. Na prática, a alta foi de 179%.
O endividamento das famílias e das empresas passou de 37,59% do Produto Interno Bruto (PIB) para 46,41%, segundo a autoridade monetária, o que representa uma expansão de mais de oito pontos percentuais.

Os economistas afirmam que a maior demanda por empréstimos não é ruim, mas que, o que ocorreu foi um crescimento artificial, resultado de políticas de incentivos desenfreadas de acesso ao crédito. Política que teve consequências maléficas, pois resultou na crise fiscal de 2014, que perdura até hoje.

A quebra do Lehman Brothers ocorreu pela grande facilidade de acesso ao crédito, expondo o sistema financeiro dos Estados Unidos a grandes riscos. O banco era considerado um dos maiores operadores de empréstimos de Wall Street, atuando em financiamentos imobiliários voltados a pessoas com alto risco de inadimplência.

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