Economia

Brasileiro guarda R$ 7,4 bilhões em moedas nos cofrinhos

O hábito leva comerciantes e cobradores ao desespero pois dificulta o troco nas vendas

Reprodução

O hábito dos brasileiros, de encher cofrinhos, tira de circulação um terço das moedas emitidas por ano. Para desespero de comerciantes, caixas e cobradores de ônibus, a população guarda até 7,4 bilhões de unidades que deveriam estar no mercado, facilitando o troco e viabilizando transações.

As medidas para driblar a falta de moedas passam pela compra com ágio, apelo aos clientes e até recompensas para os consumidores que pagam com o dinheiro de metal. Para piorar, o custo de produção das moedas é maior do que o das cédulas e, na maioria delas, o valor de face não paga o gasto com sua confecção.

O Banco Central (BC) explica que esse fenômeno de guardar moedas em cofrinhos, gavetas ou no carro, chamado “entesouramento”, ocorre no mundo inteiro. A autoridade monetária admite, no entanto, que a produção de numerário foi impactada, desde 2014, pela “necessidade de redução da despesa pública” no âmbito federal. Mas ressalta que “a área técnica tem envidado esforços para administrar os estoques disponíveis com a finalidade de atender de forma mais equânime possível às demandas”.

Em 2016, o BC disponibilizou 761 milhões de novas moedas, volume 11% superior a 2015, quando foram 685 milhões de unidades. “Em 2017, já foram disponibilizadas mais 86,7 milhões de moedas, alcançando 119 moedas por habitante”, explica, por meio da assessoria de imprensa. Existem em circulação 24,68 bilhões de unidades de moedas ou R$ 6,23 bilhões em valor, o que corresponde a uma disponibilidade per capita de R$ 30.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alerta que estudo do BC mostra que as moedas acumuladas representaram 32% do total emitido em 2015. Atualmente, o estoque de moedas existente no mercado corresponde a 100 unidades para cada habitante, números equivalentes à média internacional, destaca a entidade. Entretanto, usar moedas não é hábito dos brasileiros, diferentemente do que ocorre em outros países.

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