Eleições americanas 2016

Inteligência dos EUA diz que houve interferência russa nas eleições

Segundo o diretor do órgão, os russos além de hackear os emails de Hillary também disseminaram notícias falsas através das redes sociais.

Donald Trump e Hillary Clinton

A cúpula dos órgãos de inteligência dos Estados Unidos entrou em conflito aberto com o presidente eleito Donald Trump sobre a interferência da Rússia nas eleições norte-americanas de novembro de 2016 para a presidência do país. Em audiência ontem (5) no Senado, o diretor de Inteligência Nacional, James Clapper, disse que houve interferência russa não somente por meio do hackeamento (invasão de computadores) como também pela disseminação de notícias falsas.

No entanto, em várias mensagens postadas no Twitter, Donald Trump se declarou “cético” sobre as conclusões da comunidade de inteligência.

Apesar da divergência, a cúpula dos órgãos de inteligência norte-americanos terá encontro hoje (6) com Donald Trump. Durante o encontro, Clapper deverá entregar dados – ainda desconhecidos do público – sobre como se deu a interferência russa nas eleições.

Ontem, durante a apresentação de Clapper, senadores tanto do Partido Democrata e alguns do próprio Partido Republicano afirmaram que “o ceticismo” de Trump prejudica o moral dos serviços de inteligência porque coloca em dúvida a competência e a imparcialidade das agências. “Há uma diferença entre ceticismo e menosprezo”, disse James Clapper, ao comentar o assunto..

O diretor afirmou que, apesar da opinião de Trump, os serviços de inteligência avaliam agora, de forma mais clara do que antes, que houve um ataque cibernético russo durante as eleições norte-americanas.

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