Operação Timóteo

Pastor Silas Malafaia é alvo da PF em operação contra fraudes

Malafaia é alvo de investigação que apura um esquema de corrupção em cobranças judiciais de royalties da exploração mineral

Reprodução

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (16) uma operação que investiga uma suposta organização criminosa suspeita por corrupção em cobranças judiciais de royalties de exploração mineral. Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, entre os investigados está o pastor Silas Malafaia, que teria participado da lavagem de dinheiro.

Ele supostamente teria recebido valores do principal escritório de advocacia responsável pelo esquema. Malafaia também é suspeito de emprestar contas da instituição dele para ajudar a ocultar dinheiro. Fontes da PF afirmam que ele foi levado para prestar esclarecimentos sobre o caso.

A PF informou que estão sendo realizadas buscas e apreensões em 52 endereços diferentes ligados a suposta organização criminosa nos estados da Bahia, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, Tocantins e no Distrito Federal.

A ação é batizada de “Operação Timóteo” em referência a passagem da do livro de Timóteo, da Bíblia “Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinhieiro é raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos”.

O objetivo da operação é que através das provas coletadas, a Polícia Federal tenha detalhes na maneira como funcionava o esquema no qual, um diretor do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) com informações privilegiadas a respeito de dívidas de royalties, oferecia serviços de dois escritórios de advocacia e de uma empresa de consultoria a municípios com créditos de CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais) junto a empresas de exploração mineral.

Ainda segundo a PF, os suspeitos entravam em contato com municípios que tinham créditos do CFEM junto a empresas de exploração mineral para oferecer seus serviços.

A Operação Timóteo teve início em 2015, quando a então Controladoria-Geral da União enviou à PF uma sindicância que indicava incompatibilidade na evolução patrimonial de um dos diretores do DNPM. Apenas essa autoridade pública pode ter recebido valores que ultrapassam os R$ 7 milhões.

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