O Ministro da Saúde Ricardo Barros, anunciou nessa sexta-feira (18), que o Governo vai passar a adotar novos critérios para avaliar se uma criança possui ou não o vírus da Zika. Perda da visão, audição, comprometimento e deficiência dos membros são alguns do novos critérios que serão utilizados. Até agora, o principal critério levado em consideração era o perímetro da cabeça dos bebês.
A medida foi tomada através de evidências científicas de que mesmo crianças com tamanho da cabeça dentro dos parâmetros considerados normais, podem apresentar algumas consequências do vírus. O objetivo do governo, é garantir cuidados a todas as crianças, inclusive as que apresentaram alterações tardias.
A partir de agora, bebês cujas mães foram infectadas pelo vírus Zika durante a gravidez, ainda que não apresentem sintomas no nascimento, serão acompanhados até os 3 anos de idade. Até o momento, só eram monitorados bebês com microcefalia.
Para grávidas, a recomendação de ultrassonografias durante o pré-natal aumentou para duas, numa tentativa de identificar alterações neurológicas em meio à gestação. Além do exame realizado no primeiro trimestre, ele passa a ser repetido por volta do sétimo mês de gravidez. Os repasses para esse atendimento, segundo o ministério, serão de R$ 52,6 milhões de reais.