IMPEACHMENT

‘Meu voto foi coerente aos anteriores’, diz Roberto Rocha

Senadores maranhenses votam a favor do impeachment de Dilma Rousseff, que agora esta definitivamente afastada da presidência

O Senado Federal condenou por 61 votos, contra 20, o afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff, acusada de crimes de responsabilidade fiscal. A votação no plenário aconteceu hoje, e contou com a presença de todos os 81 senadores que compõem a Casa Legislativa. Três deles são representantes maranhenses, e todos voltaram pela condenação da presidenta. 
Para o senador maranhense Roberto Rocha (PSB), seu voto foi coerente ao que já havia dado sobre o impeachment. “O nosso voto a favor do processo foi exatamente coerente com os dois primeiros que demos aqui no plenário do Senado. A bancada do Maranhão, que tinha este compromisso de refletir e de decidir conjuntamente, reuniu ontem e hoje para reafirmamos nossa decisão de votarmos a favor do processo”, ressaltou.
Segundo o senador do PSB, Dilma teve uma votação expressiva no Maranhão por conta dos programas sociais, o que faz do Maranhão um dos estados mais necessitados do Nordeste. “O Maranhão é o estado que deu a maior votação do país a presidente Dilma, em virtude dos programas sociais do Governo Federal. Infelizmente, isso significa que é um estado muito atrasado socialmente”. 
Senadores maranhenses
Senadores

Os três senadores maranhenses: Edison Lobão (PMDB), João Alberto (PMDB) e Roberto Rocha (PSB) votaram favoráveis ao impeachment de Dilma Rousseff.

Função pública
Apesar do voto a favor da condenação de Dilma, Roberto Rocha votou favorável aos direitos políticos da presidente. A votação sobre a inelegibilidade por oito anos, a partir do fim de 2018, quando se encerraria o seu mandato, foi feita em separado. Foi 42 votos, contra 36, com três abstenções.  
Com a decisão tomada hoje pelo Senado, Dilma será definitivamente afastada de seu cargo. A votação decisiva foi comandada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. O processo teve fim nove meses após a autorização da abertura do processo pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Dois senadores favoráveis ao impeachment de Dilma e dois contrários tiveram cinco minutos cada para encaminhamento de votação. A votação foi aberta, nominal e por registro eletrônico.
O maior número de votos a favor do impeachment foi registrado nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Já contra sua admissibilidade, as regiões Norte e Nordeste registraram a maioria dos votos. Todos os senadores dos estados de Minas Gerais, Sergipe, Paraíba, Alagoas, Mato Grosso, Santa Catarina, Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e do Distrito Federal votaram pelo impeachment. A maior quantidade de votos contra o impedimento foi somada na Bahia, todos os senadores do estado votaram não ao impeachment.
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