Execução Penal

Japonês da Federal está preso na Superintendência da PF em Curitiba

O agente Newton Ishii foi preso por ordem da 4º Vara da Justiça Federal de Foz do Iguaçu. A PF não informou o motivo da execução penal

O policial federal Newton Ishii, que ganhou fama como o Japonês da Federal por aparecer sempre fazendo prisões dos acusados na Operação Lava-Jato, está preso na Superintendência Regional da PF no Paraná. De acordo com a PF, trata-se de uma “execução penal provisória” determinada pela 4ª Vara Federal de Foz do Iguaçu. Segundo a assessoria da Superintendência, o japonês se apresentou espontaneamente na tarde desta terça-feira e, desde então, se encontra na sede da PF. Os policiais não informaram o motivo do mandado de prisão.
Em março deste ano, o Superior Tribunal de Justiça manteve condenação de 2009 do agente pela Justiça Federal do Paraná por corrupção e descaminho. Segundo a sentença, ele teria facilitado a entrada de produtos contrabandeados do Paraguai no Brasil. À época a defesa de Ishii alegou que ele foi condenado a pagar cestas básicas e recorreu mais uma vez da decisão.
O japonês responde a três processos da Operação Sucruri, que desmontou em 2003 um esquema de contrabando de produtos na Ponte da Amizade, na fronteira do Brasil em Foz do Iguaçu, no Paraná. Segundo a denúncia, sete agenciadores intermediavam contatos entre contrabandistas e servidores públicos e repassavam propina a agentes da Polícia Federal.
Famoso pela atuação na Lava-Jato, o Japonês da Federal se tornou um dos ícones do combate à corrupção entre os manifestantes que foram às ruas pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). No carnaval ele foi uma das máscaras mais confeccionadas para fantasias e até ganhou uma marchinha em sua homenagem.
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