Polícia cumpre mandados na investigação de racismo contra Taís Araújo
A operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro é realizada em seis estados, com o apoio das polícias locais
A ação é realizada pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) do Rio, com apoio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP) e das Polícias Civis de Minas, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Bahia. A polícia do Rio de Janeiro ainda não informou quais são os alvos em Minas Gerais, nem o número e a natureza dos mandados cumpridos no estado.
O delegado Alessandro Thiers, titular da DRCI, é quem coordena a operação para desarticular o grupo. Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, durante as investigações a equipe descobriu que as ofensas dirigidas á atriz foram premeditadas por um grupo criado para praticar ataques racistas em perfis de sites de relacionamento, páginas e contatos do aplicativo WhatsApp.
O grupo incitava os membros para cometer atividades ilícitas de discriminação racial. “Os incitadores criavam grupos secretos e temporários para potencializá-los, e ainda, chegavam a informar maneiras de mascarar a conexão no intuito de tentar dificultar o rastreamento, objetivando a impunidade por tais crimes”, explica a polícia, por meio de nota.
Após o episódio, Taís publicou um desabafo que foi compartilhado por milhares de pessoas no Facebook. Ela ressaltou que, “por ironia do destino”, estava em cartaz em São Paulo com a peça Topo da Montanha, que faz alusão ao último discurso de Martin Luther King, um dos mais importantes líderes do movimento dos direitos civis dos negros no mundo, um dia antes de ser assassinado. King é interpretado na peça por Lázaro Ramos, marido de Taís. “Aproveito para convidar você, pequeno covarde, a ver e ouvir o que temos a dizer. Acho que você está precisando ouvir algumas coisinhas sobre amor”, comentou a atriz em sua página.
No início de novembro, a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática do Rio de Janeiro começou a investigar a denúncia.