OMS reforça relação entre Zika e microcefalia
Informações reunidas pela OMS indicam que pelo menos 31 países na América Latina e na região do Caribe registraram transmissão do vírus
A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, disse hoje (8) que há cada vez mais evidências que apontam para uma relação causal entre a infecção pelo vírus Zika e casos de malformação congênita e síndromes neurológicas registrados no Brasil e outros países da América Latina.
Em Genebra, Margaret Chan ressaltou que, até o momento, casos de microcefalia, possivelmente associados à infecção pelo vírus em gestantes, foram identificados apenas no Brasil e na Polinésia Francesa. Segundo ela, dados ainda não detalhados indicam que o mesmo quadro pode se repetir na Colômbia, onde o surto de Zika começou um pouco depois do Brasil.
Informações reunidas pela OMS indicam que pelo menos 31 países na América Latina e na região do Caribe registraram transmissão autóctone do vírus (infecções contraídas localmente). A diretora-geral reforçou que mulheres grávidas em todo o mundo devem ser orientadas a não visitar áreas onde há surto de Zika.
Cinco semanas após o primeiro encontro, especialistas que integram o comitê emergencial convocado pela OMS para tratar da epidemia de Zika se reuniram hoje com a tarefa de revisar dados e analisar a possível ligação entre a infecção e o aumento de casos de malformação congênita e síndromes neurológicas.
Há pouco mais de um mês, o comitê decidiu declarar emergência em saúde pública de interesse internacional em razão do aumento de casos de infecção pelo vírus identificados em diversos países e de uma possível relação da doença com quadros de malformação congênita e síndromes neurológicas.