RIO 2016

Forças Armadas se preparam para combater eventuais ataques químicos nos Jogos

No local, foi simulado um ataque de substância tóxica aos nervos do corpo com um drone

No local, foi simulado um ataque de substância tóxica aos nervos do corpo com um drone. Militares, então, usaram um equipamento para identificar a substância.

As Forças Armadas se preparam para atuar em eventuais ataques com armas químicas, biológicas, nucleares ou radioativas, durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, no Rio de Janeiro, em agosto. Hoje (11), o Ministério da Defesa fez uma simulação de como será a atuação nesses casos, no Parque Deodoro, o segundo maior polo de competições, na zona norte.

No local, foi simulado um ataque de substância tóxica aos nervos do corpo com um drone. Militares, então, usaram um equipamento para identificar a substância. “A partir daí, isolaram a área, levaram as vítimas ao posto de descontaminação total, prestaram atendimento médico e fizeram a descontaminação do espaço”, explicou o comandante do 1º Batalhão de Defesa Química, Radiológica, Biológica e Nuclear do Exército, Anderson Pedreira Silva.

O Brasil já precisou fazer desinfecção especializada de instalações e ambientes por duas vezes

Durante as Olimpíadas, equipamentos para detectar o uso de qualquer substância tóxica e laboratórios móveis estarão próximos aos locais de competições e em áreas de grande concentração, como aeroportos. Também serão instalados postos de desinfecção, onde as pessoas serão eventualmente limpas com produtos especiais. O número de tendas e equipamentos para descontaminação em massa é sigiloso e não foi divulgado.

Embora o país nunca tenha sido alvo de ações terroristas, a avaliação é que, ao receber um evento como a Olimpíada, é preciso se preparar para adversidades. “No momento, não se vislumbra que isso possa acontecer [ataque terrorista]. Mas a conjuntura mundial se transforma com uma rapidez muito grande e é no sentido de enfrentar qualquer problema que estamos nos adestrando”, disse o coronel Chamom Malizia De Lamare, da assessoria especial de grandes eventos do Ministério da Defesa. Ele lembrou chefes de Estado também estarão presentes.

No caso de ataques fora das áreas de competição, onde há bairros com alta concentração de pessoas, como Copacabana, o coronel De Lamare disse que a Defesa Civil, as polícias e os órgãos de saúde estão sendo capacitados para socorrer as vítimas, junto com os militares.

A simulação, em Deodoro, marca o fim do curso de descontaminação de múltiplas vítimas, dado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos, para 60 pessoas, incluindo membros das Forças Armadas, do Ministério da Saúde, do Corpo de Bombeiros e policiais. Participaram representantes do Rio e de cidades que terão partidas de futebol.

No local, foi simulado um ataque de substância tóxica aos nervos do corpo com um drone. Militares, então, usaram um equipamento para identificar a substância.

Outras duas edições do mesmo treinamento, que formará mais 100 pessoas, estão previstas para este semestre. Serão formados também médicos, enfermeiros e as agentes, que atenderão o público nos jogos. As práticas serão replicadas entre as corporações e os profissionais.

Atuação em casos suspeitos

O Brasil já precisou fazer desinfecção especializada de instalações e ambientes por duas vezes. Nos dois casos, tratava-se de suspeitos de ebola. “Nós descontaminamos todo interior e exterior da aeronave [que transportou os pacientes para unidades de saúde especializadas], inclusive o painel do avião, que é bastante sensível”, disse o comandante Anderson.

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