MANIFESTAÇÃO
Black blocs tumultuam protestos contra aumento de passagens em São Paulo
As ações deixaram um rastro de destruição pelas ruas de São Paulo
Foto: Roberto Sungi/Folha Press.
Policial aponta arma a manifestante no centro de São Paulo. Manifestação, que começou pacífica, terminou em confronto com mascarados
O protesto do Movimento Passe Livre (MPL) contra o reajuste da tarifa de ônibus, trens e metrô terminou em vandalismo e confronto, na noite de ontem, entre black blocs e policiais militares, no centro de São Paulo. O tumulto deixou um rastro de destruição pelas ruas, com focos de incêndio, ônibus depredados e agências bancárias atacadas. Até as 21h, havia um PM e um manifestante feridos. Duas pessoas foram detidas. Neste sábado, as passagens sobem de R$ 3,50 para R$ 3,80 na capital paulista.
A manifestação, com 10 mil pessoas, segundo a organização, se concentrou às 17h na frente do Teatro Municipal, a poucos metros da Prefeitura.
Por volta das 19h20, a confusão começou na confluência das Avenidas 23 de Maio e 9 de Julho, quando um veículo ficou no meio da passeata e deu marcha à ré. Mascarados foram na direção do carro, e a PM reagiu com bombas de efeito moral.
A região virou uma praça de guerra. Em resposta à ação da Tropa de Choque, os black blocs atacaram com garrafas, pedras e pedaços de madeira.
Houve pânico entre a população. A comerciante Elisangela Rodrigues, 27 anos, estava no Terminal Bandeira quando o gás lacrimogêneo tomou o local. Chorando e assustada, ela disse que não sabia do protesto. “Eu desci do ônibus e começou a estourar um monte de bomba. Tinha rojão voando por cima da minha cabeça”, contou.
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