OPERAÇÃO CRÁTONS

PF combate crimes ambientais em nove estados e no DF

São 90 mandados judiciais, entre prisão preventiva, busca e apreensão, condução coercitiva, além de intimações para comparecimento a oitivas

Crimes ambientais na Terra Indígena Urubu Branco

A Polícia Federal (PF) iniciou hoje a Operação Crátons para combater a prática de crimes ambientais ligados à extração e comercialização ilegal de diamantes das terras dos índios cinta-larga, em Rondônia. De acordo com a PF, a investigação ocorre em nove estados e no Distrito Federal e é um desmembramento direto da Operação Lava Jato.

Os agentes cumprem 90 mandados judiciais, entre eles de prisão preventiva, busca e apreensão, condução coercitiva, além de intimações para comparecimento a oitivas. A Justiça Federal também determinou o sequestro de um imóvel, bem como do dinheiro encontrado nas contas dos principais investigados para o ressarcimento dos danos ambientais. A PF concede entrevista coletiva, nesta manhã, para detalhar a operação.
Os mandados estão sendo cumpridos no Distrito Federal e em Rondônia, São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, no Paraná, Rio Grande do Sul, na Bahia, no Mato Grosso e Pará.
As investigações apontaram que uma organização criminosa, formada por empresários, advogados, comerciantes, garimpeiros e indígenas, era responsável por financiar, gerir e promover a exploração de diamantes no chamado Garimpo Lage, que fica no interior da Reserva Indígena Parque do Aripuanã e de usufruto dos indígenas da etnia Cinta Larga.
Os investigados responderão por crimes como extração de recursos minerais sem autorização do órgão competente, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
A operação foi batizada de crátons em uma referência às estruturas geológicas que dão origem à formação dos diamantes.
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