ECONOMIA

Falta de planejamento pune economicamente idoso e família; confira dicas

Poupança evitará rombo no orçamento quando pais precisarem de cuidados em idade avançada. É preciso também guardar para o próprio conforto na maturidade, pois nada garante que será possível contar com os descendentes

Planejamento familiar

O rápido envelhecimento da população trará desafios extras às famílias. O mais desafiador deles: cuidar de pais e avós sem colocar em risco o patrimônio. A maior parte das pessoas com 60 anos ou mais não se preparou para o futuro. Ou seja, vão depender de filhos e parentes para viver com dignidade. Portanto, ainda que o tema não seja o mais agradável, é hora de enfrentá-lo. Não basta apenas carinho e compaixão. Será preciso uma conta-corrente recheada para arcar com as despesas. Somente um cuidador profissional pode custar mais de R$ 2 mil por mês, sem incluir os encargos trabalhistas. A conta de uma casa de repouso pode custar até R$ 5 mil.

A dica dos especialistas é clara: comece a poupar desde já. E não se acanhe em falar com pais e avós sobre como eles se prepararam para a velhice. A organização do orçamento doméstico é vital. Quando se aposenta, os rendimentos despencam. A renda complementar, que pode vir da tradicional caderneta de poupança, de um plano de previdência ou de títulos públicos, dará segurança de que coisas básicas, como alimentos e medicamentos, não faltarão.
Nunca é cedo
O planejamento financeiro não tem idade. Quanto mais cedo se começar a poupar, melhor será a condição de vida quando a inevitável velhice chegar. E é bom lembrar que cuidar dos pais não significa a garantia de que se poderá contar com a mesma preocupação por parte dos filhos, pois esses costumes e o sentido de responsabilidade está mudando.
Os custos são sempre maiores do que se espera. “Cuidar de idosos é diferente de cuidar de uma criança. Com os pequenos, é possível fazer planilha de custos básicos. Com os mais velhos, não se sabe se ele precisará de medicamentos de R$ 10 ou de R$ 1 mil, se necessitará de uma em cadeira de rodas”, diz o educador financeiro Jurandir Sell Macedo, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que enfrenta o desafio de cuidar do sogro, com Alzheimer, e da sogra, que teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
As contas são pesadas, diz Macedo. “Os filhos gastam quase R$ 30 mil por mês com estrutura, empregada, cuidador, médico, fisioterapeuta”, ressalta. Essa fatura fica mais pesada quanto menor for a família. “No passado, as pessoas tinham muitos filhos. Hoje, têm um ou dois”, afirma. Macedo.
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