Cinco membros da milícia radical islâmica entraram na noite passada no hotel vestidos com a farda dos soldados da missão da União Africana na Somália (Amisom) para enganar os controles de segurança.

Entre as vítimas do ataque, que teve início à meia-noite (horário local), encontram-se o ex-chefe das Forças Armadas somali Abdikarin Dhegabadan, vários deputados e o gerente do hotel.

Além dos 18 mortos, mais 20 pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas para vários hospitais em Mogadíscio, segundo a rádio Alfurqaan, citada pela Efe.

O ataque foi feito, em primeiro momento, com um carro-bomba que explodiu nas imediações do hotel, frequentado por deputados e funcionários do governo da Somália. Após a explosão da viatura, ocorreu uma segunda explosão no interior do hotel, que está situado a poucos metros da sede do Departamento de Investigação Criminal da Polícia da Somália.

O grupo terrorista Al Shabab, filiado à Al Qaeda, reivindicou de imediato a responsabilidade do ataque.

O país africano vive em estado de guerra e caos desde 1991, ano em que foi deposto o ditador Mohamed Siad Barré, deixando o país sem governo efetivo e nas mãos das milícias radicais islâmicas.