Samarco reconhece riscos de rompimento em mais duas barragens em Mariana
Obras emergenciais buscam contornar o problema. Estado decretou situação de emergência
Reservatório de Germano, um dos que têm risco de colapso, no Distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, recebe obras de emergência
A lama atingiu o Rio Doce, provocando morte de peixes e assoreando o leito do Rio. O abastecimento de água foi prejudicado nos municípios banhados pelo Rio, caso de Governador Valadares, onde ficou suspenso por uma semana. Apesar dos danos causados, que já resultaram em multa do Ibama de R$ 250 milhões e envolvem custos de mais de R$ 1 bilhão para recuperação e mitigação dos estragos, o diretor de operações e infraestrutura da empresa, Kléber Terra, disse que a empresa não deve desculpas à população. “Tem o risco, e nós, para aumentarmos o fator de segurança e reduzirmos o risco, estamos fazendo as ações emergenciais necessárias”, anunciou o gerente-geral de projetos estruturais da Samarco, Germano Lopes, em entrevista coletiva.
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Os representantes da empresa explicaram que, diferentemente do que havia sido em princípio anunciado, a única barragem que rompeu foi a de Fundão. Dos 55 milhões de metros cúbicos de rejeitos contidos na barragem, 40 milhões desceram e atingiram a barragem de Santarém. Terra informou que a empresa está promovendo obras emergenciais nas duas barragens para tentar evitar colapsos. Segundo ele, blocos de rocha estão sendo usados para reforçar as estruturas. Este procedimento deve durar cerca de 45 dias na barragem de Germano. Na de Santarém, as obras têm prazo de 90 dias.