ATAQUE EM PARIS

Autoridades francesas detêm 23 pessoas e apreendem 31 armas

Bernard Cazeneuve disse que nas últimas 48 horas foi decidida a prisão domiciliar de 104 pessoas e feitos 168 registros para investigação

Foto: Francois Guillot / AFP.


Francois Guillot / AFP

O ministro francês informou que das 31 armas apreendidas, quatro eram “de guerra”, adiantando que foram descobertos 18 esconderijos de drogas e confiscados materiais de informática e telefônico

As autoridades francesas detiveram 23 pessoas para interrogatório e apreenderam 31 armas nas operações de busca desde ontem à noite, durante o estado de emergência decretado após os atentados de Paris, anunciou o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve.

Ele disse que nas últimas 48 horas foi decidida a prisão domiciliar de 104 pessoas, alvos de atenção particular, e feitos 168 registros para investigação.
O ministro francês informou que das 31 armas apreendidas, quatro eram “de guerra”, adiantando que foram descobertos 18 esconderijos de drogas e confiscados materiais de informática e telefônico.
Para Cazeneuve, existem ligações entre os grupos de delinquentes e as organizações terroristas. Ele citou como exemplo o registro de uma habitação no departamento de Ródano, relacionada com o tráfico de armas, que revelou ligações com o movimento jihadista. Na casa foram encontradas numerosas armas.
A legislação aprovada pelo governo para lutar contra o terrorismo já permitiu evitar seis atentados desde a primavera, levando ainda à expulsão de 34 supostos jihadistas ou religiosos muçulmanos que pregam o ódio, acrescentou o ministro. Ele informou ainda que foi impedida a entrada de 62 indivíduos e a saída de 203. Foi retirada a nacionalidade de seis pessoas e bloqueadas 87 páginas na Internet por apologia à violência.
Segundo Cazeneuve, está em curso a dissolução de associações culturais que escondem fins violentos e a busca de mesquitas onde se defende a violência, cujo fechamento será decretado pelo governo nos próximos dias.
O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou os atentados de sexta-feira em Paris, praticados por pelo menos sete terroristas, que morreram em vários locais da capital.
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