PREOCUPAÇÃO

2 milhões ainda não sabem onde farão o Enem

No primeiro ano em que o Ministério da Educação (MEC) não enviou os cartões de confirmação pelo Correio, vários candidatos ainda precisam se informar sobre a prova, a ser aplicada em 24 e 25 de outubro

INTERNET
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, informou em entrevista coletiva nesta sexta-feira (16) que cerca de 2 milhões de candidatos ainda não acessaram o cartão de confirmação com os locais de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que terá provas aplicadas em 24 e 25 de outubro. Ate o momento, 5.571.491 candidatos acessaram o cartão.
“O candidato deve imprimir o cartão e deixá-lo com um documento para evitar imprevistos no dia da prova. É recomendável também que ele faça o trajeto até o local com antecedência, para saber o tempo que levará para chegar”, destacou o ministro. Esta é a primeira vez em que o MEC não envia o cartão de confirmação dos participantes pelo Correio. Os candidatos precisam acessar o site do exame para conferir as informações informando CPF e senha.
 
A mudança no modelo de acesso ao cartão — entre outras medidas, como o aumento do número de alunos por sala, de 36 para 40 — garantiu uma economia de R$ 46 milhões nos custos de aplicação do exame. No ano passado, a valiação custou R$ 57 por candidato, mas os custos do exame neste ano ainda não foram divulgados.
 
Segurança
Neste ano, a prova do Enem será aplicada em 1.723 municípios, 14.455 locais de prova e 211.989 salas. “Estamos preparados para monitorar e fiscalizar qualquer tentativa de fraude no Enem”, afirmou o ministro. O monitoramento será feito de maneira integrada entre os 12 Centros de Comando e Controle, utilizados para operações de segurança durante a Copa do Mundo. “Essa estrutura é utilizada para grandes eventos e, para o Ministério da Justiça, o Enem é um evento de grande porte”, destacou a secretária Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Regina Miki.
 
Além disso, todas as salas de avaliação e os fiscais na entrada dos banheiros terão detector de metais. “Em provas anteriores, identificamos tentativa de uso do celular. É uma brincadeira que sai cara. O aluno que fotografa a prova viola o sigilo e prejudica 7 milhões de candidatos. Tudo será documentado. Vamos monitorar em tempo real e a retirada do candidato da sala será imediata, conforme já aconteceu nos anos anteriores”, alertou Mercadante. Os malotes de provas contarão com um registro eletrônico que possibilitará identificar o horário em que as provas foram abertas. “Qualquer fraude anulará a prova em qualquer momento”, afirmou o ministro.
 
A ação de segurança para garantir que as informações sobre o exame não sejam violadas contará com 60 batalhões do Exército e monitoramento das rodovias pelas quais os cadernos de prova circularão. Um cruzamento do banco de dados da Polícia Federal e do Ministério da Educação foi feito de maneira preventiva para evitar fraudes. “Identificamos antecipadamente pontos críticos que estão sendo eliminados em caráter repressivo”, destacou o diretor geral da Polícia Federal, Leandro Daiello.
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