CRIME
Jovens são condenados pela morte de delator de estupro no Piauí
A Justiça do Piauí condenou hoje (21) a três anos de internação três jovens envolvidos no estupro coletivo de Castelo do Piauí pela morte de um quarto envolvido no caso. Gleison da Silva foi morto em julho no alojamento do Centro Educacional Masculino (CEM), em Teresina, segundo a polícia, por ter sido considerado delator pelos […]
A Justiça do Piauí condenou hoje (21) a três anos de internação três jovens envolvidos no estupro coletivo de Castelo do Piauí pela morte de um quarto envolvido no caso. Gleison da Silva foi morto em julho no alojamento do Centro Educacional Masculino (CEM), em Teresina, segundo a polícia, por ter sido considerado delator pelos infratores.
Segundo o promotor da 2ª Vara da Infância e Juventude do Ministério Público do Piauí, Maurício Verdejo, esta condenação é definitiva, já que os defensores dos adolescentes não recorreram da decisão do juiz Antônio Lopes. Eles estão cumprindo pena provisoriamente no Centro de Internação Provisória, já que o centro está funcionando acima da capacidade e, segundo Verdejo, os adolescentes condenados hoje sofrem ameaças dos outros internos. “Eles deveriam estar no CEM. O problema é que lá não tem infraestrutura e nem segurança”, disse o promotor à Agência Brasil.
Gleison, de 17 anos, era o mais velho dos quatro rapazes acusados, em primeira instância, por estuprarem quatro meninas de 15 a 17 anos. Conforme a denúncia do Ministério Público, os adolescentes participaram, junto com um homem de 40 anos, do estupro das adolescentes, no fim de maio, em Castelo do Piauí, cidade que fica a cerca de 190km da capital piauiense.
As adolescentes foram encontradas pela Polícia Civil, violentadas e desacordadas, em local próximo a um penhasco. Uma delas não resistiu aos ferimentos e morreu. As investigações mostraram que as meninas foram abordadas, amarradas e amordaçadas, sofreram violência sexual, e foram jogadas de cima do penhasco de mais de 6 metros de altura.
A morte de Gleison ocorreu poucos dias depois que a Justiça do Piauí condenou os quatro menores a três anos de internação. Segundo Verdejo, a condenação ainda não é definitiva. O promotor adiantou que irá entrar com pedido de condenação de internação até os 21 anos, pena prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente.
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