AGRESSÃO

Cinegrafista húngara pode pegar cinco anos de prisão por agredir refugiados

Refugiados que tentavam fugir da polícia foram agredidos pela funcionária da emissora N1TV. Petra Laszlo foi demitida e será denunciada por partidos da oposição

CORREIOBRAZILIENSE

A cinegrafista do canal de televisão N1TV da Hungria, Petra Laszlo, foi flagrada ao chutar e derrubar alguns refugiados que fugiam da polícia, perto da fronteira da Sérvia, nessa terça-feira (8/9). Após o vídeo repercutir nas redes sociais e gerar uma onda de críticas à atitude da cinegrafista, a emissora demitiu a funcionária.

As imagens mostram centenas de migrantes correndo entre um cordão policial. Cercada por colegas de profissão, Laszlo faz com que um homem que carrega uma criança tropece e chuta um outro menino que passa correndo.
Vários partidos da oposição na Hungria, como Együtt e a Coligação Democrática não concordaram com a ação de Petra. Afirmaram ainda, ao jornal The Guardian, nesta quarta-feira (9/9), que Petra será denunciada e poderá pegar até cinco anos de prisão, pena máxima para o crime de incitação à violência.
Uma pagina criada no Facebook com o nome de “Muro da Vergonha” mostra fotos, vídeos e comentários relacionados a imagens envolvendo a jornalista Petra Laszlo, e até o início da tarde desta quarta-feira já havia recebido 16 mil curtidas. Um homem que se identifica como jornalista comenta: “Você é uma desonra para nossa profissão”. Até a publicação deste texto, Laszlo não fez comentários a respeito destas críticas.
Ela estava trabalhando nas filmagens de refugiados há três meses e meio e, por meio de um breve comunicado, a empresa N1TV demitiu a funcionária. Em declarações ao El Pais, o diretor da emissora, Szabolcs Kisberk, disse que o comportamento de Laszlo “não corresponde aos valores representados pelo veículo, tanto a nível humano, como profissional. É inadmissível”. O chefe da N1TV ressaltou ainda que sua rede tem como base “valores de respeito” para com os outros.
Apesar dos boatos e do direcionamento das matérias contra refugiados, Kisberk disse categoricamente que o canal não tem ligação nenhuma com o Movimento Jobbik, um partido nacionalista de extrema-direita que é acusado de ser totalmente contra imigrantes.
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