VENEZUELA

Bogotá e Caracas fecham acordo sobre crise na fronteira

Foto: EPA. Presidentes da Venezuela, Uruguai, Equador e Colômbia fecharam acordo para tentar resolver crise entre Caracas e Bogotá   Agência ANSA O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Colômbia, Juan Manuel Santos, fecharam um acordo de sete pontos para uma “progressiva normalização da fronteira” entre as nações na noite desta segunda-feira (21). A crise na […]

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Presidentes da Venezuela, Uruguai, Equador e Colômbia fecharam acordo para tentar resolver crise entre Caracas e Bogotá

 
Agência ANSA
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Colômbia, Juan Manuel Santos, fecharam um acordo de sete pontos para uma “progressiva normalização da fronteira” entre as nações na noite desta segunda-feira (21).
A crise na região ocorre desde o dia 19 de agosto quando, após uma “emboscada” contra militares venezuelanos, Maduro ordenou o fechamento de parte dos 2.219 quilômetros da fronteira e deportou cerca de 1,6 mil colombianos.
Os pontos fronteiriços continuarão fechados ­ já que esse não era um dos objetivos declarados da reunião, mas ficou decidido que os embaixadores de ambos os países voltarão aos seus postos imediatamente.
Além disso, os governos acordaram um novo debate entre ministros para amanhã (23), em Caracas, para “discutir temas sensíveis da fronteira”. Sobre os problemas denunciados por Santos contra os deportados, Maduro se comprometeu a fazer uma investigação sobre o que ocorreu na saída dos colombianos do país após a ordem de fechamento, mas não deu prazos para o fim das investigações.
Os outros pontos se dirigiram mais a uma declaração de boas intenções de vizinhos, como a “coexistência dos modelos políticos e sociais de cada país” e “um chamado ao espírito de irmandade e unidade, propiciando um clima de mútuo respeito e convivência”.
Caracas e Bogotá também concordaram em continuar com a intermediação do Uruguai, através do presidente Tabaré Vázquez, e do Equador, com Rafael Corrêa, para solucionar o problema de maneira definitiva.
Correa foi o encarregado de ler os sete pontos, que, em nenhum momento, citavam um pedido de desculpas, arrependimentos ou compromissos mútuos para que fatos similares não ocorram novamente.
“Quem venceu hoje? A sensatez, o diálogo e o que deve triunfar sempre: a paz entre nossos países e nossos povos”, disse Maduro em seu discurso ressaltando que a reunião foi “complexa e difícil”.
Por sua vez, Santos reiterou que sua nação não se opõe à decisão de Caracas de fechar a fronteira ou deportar compatriotas sem documentos, mas lamentou novamente a falta do devido processo para os expulsos, no que chamou de “incidentes que não deveriam acontecer”.
“Entendo a preocupação do governo venezuelano com grupos criminais, com as máfias que estão incrustadas na fronteira e se aproveitam de diferenças para fazer seus delitos e crimes. Nós também estamos interessados em combater essas máfias e a melhor forma de fazer isso é fazermos juntos”, ressaltou Santos.
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