Uma adolescente israelense de 16 anos morreu neste domingo (2/8) ao não resistir aos ferimentos depois de ter sido esfaqueada, ao lado de outras cinco pessoas, por um extremista judeu durante o desfile do Orgulho Gay em Jerusalém na quinta-feira, anunciou o hospital Hadassah.
O extremista, Yishaï Shlissel, colono ultraortodoxo, detido e indiciado depois do ato, acabara de cumprir 10 anos de prisão por um ataque similar que deixou três feridos na parada do Orgulho Gay de Jerusalém em 2005.
A adolescente, Shira Banki, havia sido internada em “estado crítico”
Na sexta-feira, em outro ato de violência, um bebê palestino, Ali Dawabcheh, de 18 meses, morreu queimado e seus pais e irmão ficaram gravemente feridos quando colonos israelenses colocaram fogo na casa da família na Cisjordânia ocupada, um ataque considerado “terrorista” por Israel.
O termo pouco frequente nestes casos e as condenações unânimes das autoridades israelenses, começando pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, não convenceram os palestinos, que responsabilizam o governo pela morte do bebê, pelas “décadas de impunidade ante o terrorismo dos colonos”.
Os dois ataques provocaram consternação e uma onda de críticas em Israel e nos territórios palestinos, assim como no exterior.
Da oposição israelense até a ONU, passando pelos palestinos, todos denunciaram os atos de violência, que foram possíveis pela “impunidade” de que gozam, segundo várias ONGs, os colonos e outros ativistas de extrema-direita.